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Quatro novos elementos foram adicionados oficialmente à tabela periódica, completando oficialmente a sétima família.


Funcionários da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) confirmaram a descoberta dos elementos 113, 115, 117, e 118, anunciando que agora há provas suficientes para dar-lhes lugares permanentes na tabela periódica, o que significa que eles vão também precisar de nomes novos, oficiais. 

Você não vai encontrar estes quatro elementos da natureza - são elementos sintéticos que só podem ser produzidos em laboratório, e devido a eles decaírem em questão de segundos, sua existência tem sido extremamente difícil para confirmar. Até agora, os elementos 113, 115, 117, e 118 tinham nomes e cargos temporários na sétima linha da tabela periódica pois os cientistas têm lutado para criá-los mais de uma vez.

"Por mais de sete anos, continuamos a procurar identificar conclusivamente dados do elemento 113, mas nós nunca vimos outro evento," Kosuke Morita do RIKEN, no Japão, disse de um dos quatro elementos. "Eu não estava preparado para desistir, no entanto, como eu acreditava que, um dia, se perseverássemos, a sorte iria cair em cima de nós de novo."

A equipe de Morita foi creditada com a confirmação da descoberta do elemento 113, o que significa que já ganhou os direitos de nomeação também. Até agora, o elemento tem sido conhecido pelo nome temporário, unúntrio, e símbolo temporário Uut.

Os três elementos restantes, 115, 117 e 118 - conhecidos temporariamente como ununpentium (UUP), Ununseptium (UUS), e ununoctium (UUO), respectivamente - também irão receber novos nomes.

A IUPAC anunciou que uma equipe de pesquisadores americanos e russos tem cumprido os critérios para provar a existência dos restantes três elementos, 115, 117 e 118, e serão convidados a propor nomes e símbolos permanentes. Eles foram temporariamente conhecidos como ununpentium (UUP), Ununseptium (Uus), e ununoctium (UUO), respectivamente.

"A comunidade química está ansiosa para ver sua tabela mais acarinhada finalmente ser concluída até a sétima família consecutiva", disse Jan Reedijk, presidente da Divisão de Química Inorgânica da IUPAC, na semana passada.

A organização informa que os novos elementos podem ser nomeados com um conceito mitológico, um mineral, um lugar ou país, uma propriedade ou um cientista, e será apresentado para análise do público por cinco meses antes de uma decisão final sobre o novo nome oficial e símbolo.

Enquanto relatórios sobre a confirmação dos elementos 115, 117, e 118 estão ainda a serem publicados, detalhes da descoberta  do elemento 113 foram relatados no Journal of Physical Society of Japan. 

Os investigadores RIKEN em 2003, começaram a bombardear uma fina camada de bismuto com íons de zinco viajando a cerca de 10 por cento da velocidade da luz e, de acordo com a teoria, a reação deve produzir ocasionalmente um átomo de elemento 113.

Em 2004 e 2005, a equipe viu sinais de dubnium-262 (elemento 105), que se acredita ser o produto de decaimento do elemento 113, mas isso não foi prova suficiente para provar sua existência.

"[O] grupo realizou um novo experimento, onde um feixe de sódio colidiu com um alvo de Cúrio, criando borhium-266 e seu núcleo filho, dubnium-262", explica um comunicado de imprensa. "Com esta demonstração, os motivos de uma reivindicação mais forte foram estabelecidos. Eles só precisavam esperar para ver um átomo em decomposição através da cadeia alfa do que a fissão espontânea."

A equipe conseguiu isso em 2012 e levou quase quatro anos para a IUPAC percorrer a literatura científica e confirmar que a evidência encontrou seus critérios para a descoberta de elementos.

"Agora que temos demonstrado conclusivamente a existência de elemento 113," disse o pesquisador do RIKEN, Kosuke Morita, "pretendemos olhar para o território inexplorado do elemento 119 e além, com o objetivo de examinar as propriedades químicas dos elementos da sétimo e oitava linhas da tabela periódica, e um dia a descobrir a ilha de estabilidade. "

Nós não podemos esperar para ver como os novos nomes serão. 

Science Alert
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Os cineastas Wylie Overstreet e Alex Gorosh, junto com alguns de seus amigos, construiram um modelo em tamanho exato de nosso quintal cósmico em Black Rock no Deserto de Nevada

Se a Terra fosse tão pequena quanto uma bola de gude, o Sistema Solar até Netuno, cobriria uma área do tamanho de São Francisco - e isso em apenas duas dimensões.

Esse ponto é levado a sério por um novo vídeo chamado "A escala: o Sistema Solar", onde os cineastas Wylie Overstreet e Alex Gorosh, junto com alguns de seus amigos, construíram um modelo em tamanho exato de nosso quintal cósmico em Black Rock no Deserto de Nevada.

O projeto tem como objetivo fornecer uma peça rara de perspectiva sobre vizinhanças da Terra, disseram os membros da equipe.

"Se você colocar as órbitas de escala em um pedaço de papel, os planetas se tornam microscópicos, e você não será capaz de vê-los", disse, Overstreet no vídeo de 7 minutos, postado no Youtube. "Não existe, literalmente, um imagem que mostra adequadamente o que o sistema solar realmente se parece em escala. A única maneira de ver um modelo em escala do sistema solar é construir um."

Então é isso que Overstreet, Gorosh e o resto do grupo decidiram fazer. Eles construíram seu sistema solar em miniatura em uma planície ressacada pelo Sol no deserto de Black Rock (onde o festival Burning Man é realizado a cada verão) ao longo de 36 horas, demarcando as órbitas dos planetas, arrastando seções de arame de cerca na traseira de um veículo .

O Sol no centro do sistema solar recém-construído tem cerca de 5 pés (1,5 metros) de largura. Mercury fica 224 pés (68 m) de distância da nossa estrela, enquanto Vênus, Terra e  Marte  se encontram a 447 pés (120 m), 579 pés (176 m) e 881 (269 m) a partir do Sol, respectivamente.

Júpiter é consideravelmente mais distante a 0,57 milhas (0,92 quilômetros), enquanto Saturno e Urano distanciam-se 1,1 milhas (1,7 km) e 2,1 milhas (3,4 km), respectivamente, do Sol. A órbita de Netuno representa o limite exterior deste mini sistema, localizada a 3,5 milhas (5,6 km) de distância. (A equipe decidiu não ir para além, na órbita do planeta anão Plutão ou quaisquer outros objetos no Cinturão de Kuiper, que fica além de Netuno.)

Overstreet, Gorosh e seus amigos utilizaram um drone para capturar imagens aéreas do projeto. "To: The Solar System" também possui um impressionante vídeo de timelapse onde luzes em movimento traçam as órbitas dos planetas na planície. Este último filme foi rodado na noite de uma montanha nas proximidades, enquanto um veículo equipado com uma luz brilhante circulou o "sol" na planície abaixo.

Bem, "equipado" é provavelmente uma palavra muito extravagante, uma vez que um membro da equipa Ramsey Meyer simplesmente segurou uma luz para fora da janela durante estas longas unidades de looping.

"Foi muito divertido. Foi também um trabalho duro, às vezes," disse Meyer. "O cronograma de filmagem foi muito agressivo - um total de 36 horas no deserto, com apenas cinco pessoas lá para ajudar - e o clima não cooperou plenamente, sendo mais nublado e mais frio do que gostaríamos que fosse."

Meyer disse que a equipe esperava que "To scale: The Solar System" deixasse uma impressão além das oito faixas circulares escavadas no lago seco.

"Nós todos esperamos que esse trabalho inspire o pensamento e reflexão - pensar sobre ciência, sobre a humanidade, sobre a nossa posição na galáxia e do universo", disse Meyer.

Você pode assistir "To Scale: The Solar System" no YouTube aqui.

E você pode aprender mais sobre Overstreet e Gorosh e seus outros projetos em  www.wylieoverstreet.com  e  www.alexgorosh.com.

Space
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Não é de hoje que os adeptos do criacionismo e suas vertentes modernas tais como o Projeto Inteligente ou Design Inteligente ou até mesmo o Criacionismo Científico, tentam refutar a Teoria da Evolução, Teoria do Big Bang, entre outras, muitas vezes com um claro objetivo de criticar e menosprezar o pensamento científico por trás dessas teorias que ainda se encontram sob um pilar firme de falseabilidade, porém, para a infelicidade dos criacionistas, tais teorias afrontam, mesmo que sem querer, algumas ideias bíblicas da criação. 

O trecho abaixo, retirado do Livro de Ouro da Evolução, sintetiza a situação e explica qual a posição da ciência em relação à toda essa polêmica:


"Incapazes de montar um argumento científico eficiente, os defensores do Projeto Inteligente e das formas mais antigas de criacionismo recorrem à retórica. Eles afirmam, por exemplo, que a evolução é na verdade uma ideologia, nascida de um culto ao naturalismo, que afirma que Deus não tem função no universo e que os eventos possuem apenas causas naturais. Os darwinistas “aderiram ao mito a partir do interesse próprio e do desejo de eliminar Deus”, escreve Phillip Johnson, um professor de direito e criacionista confesso. Johnson afirma que os biólogos evolutivos se recusam a considerar a possibilidade de que uma intervenção sobrenatural tenha influenciado o universo e estão cegos diante das fraquezas da evolução. Em uma audiência justa – na qual a intervenção divina pudesse ser considerada uma explicação possível para a história da vida –, Johnson afirma que o criacionismo venceria.


No entanto a ciência, tome ela a forma da química, da física ou da biologia evolutiva, só pode explicar as regularidades do mundo. Se deus mudasse a massa do próton a cada manhã, seria impossível para os físicos fazer qualquer previsão sobre como os átomos funcionam. O método científico não afirma que os acontecimentos só podem ter causas naturais, mas que as únicas causas que podemos entender, cientificamente, são as naturais. E por mais poderoso que possa ser o método científico, ele é mudo a respeito de coisas além de sua área. Forças sobrenaturais estão, por definição, acima das leis da natureza e assim estão além do objetivo da ciência.

Johnson e outros criacionistas dirigem sua fúria contra a biologia evolutiva, mas na verdade estão atacando todos os ramos da ciência. Quando os microbiólogos estudam um surto de tuberculose resistente, eles não pesquisam a possibilidade de que seja um ato de deus. Quando os astrofísicos tentam determinar a sequência de eventos pela qual uma nuvem primordial condensou-se em nosso sistema solar, eles não desenham simplesmente uma caixa-preta entre a nuvem e os planetas formados e escrevem dentro dela: “Aqui aconteceu um milagre.” Quando os meteorologistas não conseguem prever o rumo de um furacão, eles não afirmam que deus tirou a tormenta do seu curso.

A ciência não pode simplesmente entregar o desconhecido na natureza ao divino. Se o fizer, não restará ciência alguma. Como diz o geneticista Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, “se a história da ciência nos mostra alguma coisa, é que não vamos à parte alguma chamando nossa ignorância de ‘Deus’”.



A “ciência da Criação” não influencia de modo algum a forma como os cientistas praticantes estudam a história da vida. Os paleontólogos continuam a descobrir fósseis importantes para o nosso entendimento de como os humanos, as baleias e outros animais surgiram. Os biólogos desenvolvimentistas continuam a listar a sinfonia dos genes construtores de embriões para entender como aconteceu a explosão cambriana. Os geoquímicos continuam a descobrir pistas isotópicas sobre quando a vida apareceu pela primeira vez na Terra. E os virologistas continuam a descobrir estratégias que vírus, como o HIV, usam para vencer seus hospedeiros. Para todos eles a biologia evolutiva, e não o criacionismo, permanece sendo a fundação de seu trabalho.

No entanto, apesar de seu fracasso como ciência, os criacionistas continuam tentando, tão tenazmente como sempre, obter o controle do modo como as escolas públicas americanas ensinam ciência. [...]"


Fonte: ZIMMER, Carl. O Livro de Ouro da Evolução. Traduzido por Jorge Luis Calife. Rio de Janeiro: Ediouro. p.520-522, 1998.
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O astrônomo que divulgava ciência como ninguém nos deixou um legado intelectual abrangente e de alto impacto filosófico – separamos algumas reflexões que ilustram várias facetas do pensamento humanista e inspirador de Sagan.

Carl Sagan foi um cientista que, definitivamente, não teve medo de especular. É claro que ele sabia muito bem separar o que era ciência do que era especulação. Mas o jeito irresistível através do qual relacionava conceitos científicos com conteúdos imaginativos pertinentes tornava seu pensamento único e fascinante para o público leigo. Não é à toa que ele é considerado um dos maiores divulgadores de ciência de todos os tempos. Além de inspirar toda uma geração de novos cientistas (em grande medida com a série Cosmos), Sagan também adotava um tom poético e filosófico nos assuntos que discutia, tornando suas reflexões ao mesmo tempo belas e dotadas de elementos capazes de despertar uma consciência humanista nas pessoas.

Se fôssemos apresentar todas as frases de impacto do astrônomo que têm o potencial de tornar uma pessoa melhor, provavelmente teríamos de escrever um livro. Mesmo assim, resolvemos escolher algumas citações e pensamentos de Carl Sagan que sintetizam certos aspectos centrais da visão que ele tinha das coisas. Se “somos todos poeira de estrelas” é a única referência que você tem sobre as ideias de Sagan, então os tópicos abaixo podem lhe ajudar a se aprofundar um pouco mais no jeito tão especial que ele tinha de encarar o cosmos – e nós mesmos. Confira:
DENTE DE LEÃO: A NAVE DA IMAGINAÇÃO DE 'COSMOS' (FOTO: REPRODUÇÃO)

A ciência é muito mais do que um corpo de conhecimentos. É uma maneira de pensar. A afirmação é fundamental para entender a forma como o cientista enxergava o próprio ofício. Completamente apaixonado pelo que fazia, para ele ciências como a física ou a astronomia não se limitavam a um punhado de fórmulas frias e conceitos abstratos. Muito pelo contrário, eram ferramentas poderosas e fascinantes que nos permitiam sondar o desconhecido, além de expandir nosso entendimento sobre a realidade da maneira mais confiável possível.

Toda criança começa como uma cientista nata, e então nós arrancamos isso delas. Entre as características que ele valorizava em um cientista e em qualquer outra pessoa estão a curiosidade e a imaginação, traços típicos das crianças. Para o astrônomo, pensar cientificamente era algo como interrogar de forma metódica diversos aspectos da natureza, o que não deixa de ser uma forma de curiosidade aplicada. A respeito da imaginação, ele acreditava ser um dos motores fundamentais do conhecimento humano.

Um livro é a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica. Além da forte inclinação por especular, Sagan também era um intelectual com enorme capacidade de relacionar diferentes áreas do conhecimento – e fazia isso excepcionalmente bem. Para conseguir esta naturalidade em transitar por diversos repertórios, é preciso muita leitura e erudição multidisciplinar. Cosmos, por exemplo, é repleto de narrativas sobre a história da ciência, e em vários momentos o astrônomo declara sua admiração pelos livros.

Nós somos uma maneira de o cosmos se autoconhecer. Se somos feitos de poeira de estrelas sistematicamente organizada para formar seres dotados de consciência, então podemos dizer que somos o universo pensando sobre si próprio. A abordagem se insere na convicção de que nós, humanos, não somos tão diferentes assim da realidade física que nos cerca, e de que interagimos com ela constantemente – de formas que estamos apenas começando a entender. Em outras palavras, você e o cosmos estão intimamente conectados. O astrônomo costumava citar mitos de nossos antepassados que nos concebiam como filhos tanto do céu quanto da terra.

Nossa obrigação de sobreviver e prosperar é devida não apenas a nós mesmos, mas também ao cosmos, antigo e vasto, do qual surgimos. Sagan possuía um profundo senso de reverência com relação à vida e ao ser humano. Ele acreditava que estar vivo e ter uma consciência era não apenas um privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Como salientou em diversos momentos, nossa espécie atingiu um ponto crítico de sua história, no qual tem o próprio destino nas mãos. Todo o conhecimento e bagagem evolutiva que acumulamos nestes poucos milênios podem ser usados de forma a engrandecer nossa civilização – ou então destruí-la por completo, se insistirmos nos erros do passado.

(FOTO: SÉRGIO BERNARDINO/FLICKR/CREATIVE COMMONS)

Cada um de nós é, sob uma perspectiva cósmica, precioso. Se um humano discorda de você, deixe-o viver. Em cem bilhões de galáxias, você não vai achar outro. A reflexão segue a mesma linha do raciocínio apresentado acima – a vida inteligente é rara. Nosso conhecimento sobre o Universo ainda é limitado, é verdade, mas pelo pouco que exploramos já conseguimos chegar a esta conclusão. Sob esta perspectiva, a vida na Terra, principalmente a humanidade, ganha um status quase que sagrado, pois é fruto de um processo contínuo de evolução que se arrasta há 4,5 bilhões de anos. Todos carregam esta bagagem compartilhada dentro de si. Quando enxergamos a vida desta forma, o ato de matar qualquer ser vivo ganha novas e gigantescas proporções.

Diante da vastidão do espaço e da imensidão do tempo, é uma alegria dividir um planeta e uma época com Annie. A frase é adereçada a Ann Druyan, esposa do astrônomo, mas poderia muito bem se aplicar a qualquer outra pessoa. A constatação é de um poder imenso. Apenas pense em como é improvável, nos termos de uma perspectiva cósmica, você e outro amontoado de átomos que formam um ser consciente terem a chance de interagir um com o outro, em um minúsculo planeta chamado Terra e em um período de tempo específico. Reflita: são mais de 100 bilhões de galáxias em nosso Universo, que existe há pelo menos 13,8 bilhões de anos.

Nós somos, cada um de nós, um pequeno universo. Um assunto abordado com frequência por Carl Sagan era a dimensão das coisas muito pequenas, como aquelas que compõem nossos corpos. Ele frequentemente colocava o minúsculo em escala com o gigantesco, equiparando, por exemplo, a quantidade de átomos em uma molécula de DNA com a de estrelas em uma galáxia típica. É uma forma elegante de demonstrar como somos muito pequenos e muito grandes ao mesmo tempo. Em uma outra comparação do gênero, dizia que existem mais estrelas no Universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra.

O Universo não parece nem benigno nem hostil, mas meramente indiferente às preocupações de criaturas tão insignificantes como nós. O cientista defendia que era melhor tentar se agarrar à realidade do jeito que ela realmente é do que persistir em ilusões, por mais reconfortantes que elas sejam. No fundo, ele queria dizer que, por menos acolhedor e mais adverso que o cosmos possa nos parecer, a verdade é que ele opera independentemente de nossos desígnios. Seremos nós que sempre vamos precisar nos adaptar ao Universo se quisermos sobreviver nele, e não o contrário. A chave para esta adaptação estaria em tentar constantemente entender a natureza das coisas por meio da ciência.
O QUE SOBROU DA SUPERNOVA SN1006C (FOTO: NASA)

O céu nos chama. Se não nos autodestruirmos, um dia vamos nos aventurar pelas estrelas. A exploração espacial era um tópico especialmente caro a Sagan, e ele próprio participou de diversos projetos da NASA, como o da sonda Voyager 1, que deixou recentemente o Sistema Solar. Em sua concepção, os poucos milênios de vida sedentária da humanidade não apagaram nosso instinto por explorar novos lugares e expandir nossos horizontes, traços típicos das sociedades voltadas para a caça e coleta. Ele acreditava que o gosto pela exploração era uma herança evolutiva para aumentar as chances de sobrevivência de nossa espécie, e que portanto, cedo ou tarde, vamos nos espalhar pelo espaço.

Toda civilização sobrevivente é obrigada a se tornar viajante espacial, pela razão mais prática que se pode imaginar: manter-se viva. A ideia da expansão pelo espaço no pensamento do astrônomo não se reduzia a um capricho meio romântico ou então à tendência humana de explorar. Ela tinha mais a ver com uma espécie de instinto de sobrevivência. Não é tão difícil de entender este argumento: se a humanidade inteira está confinada na Terra e algo acontece com o planeta, estamos condenados à extinção. Asteroides são uma grande ameaça, mas nosso próprio sol pode nos engolir daqui a 5 bilhões de anos, quando seu combustível acabar e ele virar uma gigante vermelha.

Uma das grandes revelações da era da exploração espacial é a imagem da Terra, finita e solitária, de alguma forma vulnerável, transportando a espécie humana inteira pelos oceanos do espaço e do tempo. Entre as mensagens inspiradas pela ciência mais belas da história certamente está Pale Blue Dot (pálido ponto azul), de autoria de Carl Sagan. Pouco depois de a sonda Voyager 1 ultrapassar Saturno, foi ele quem deu a ideia de tirar uma foto da Terra, que dali aparecia como um pixel azul suspenso em um raio de sol. Ou então um grão de areia suspenso no céu da manhã, como ele mais tarde interpretou. Entre as muitas formas que podemos enxergar nosso frágil planeta, uma delas é como uma nave, que sempre nos transportou pelo espaço e pelo tempo.

Revista Galileu
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Uma bacia lunar escura que, vista da Terra, produz a imagem de uma figura humana, também conhecida como "homem na Lua", foi criada por um jato de lava e não pela colisão de um asteroide, afirmaram astrônomos na ultima quarta-feira. Chamada de Oceanus Procellarum - o "oceano das tormentas", como é conhecida pelos observadores dos céus -, a vasta bacia tem quase 3.000 quilômetros de diâmetro.

Imagem: Wikipédia
Até agora, a principal teoria para explicar este traço extraordinário é que ele teria surgido quando uma rocha espacial maciça colidiu com a Lua nas origens do satélite natural da Terra. Mas um estudo publicado na revista científica Nature oferece evidências de que uma erupção vulcânica teria criado a mancha que cobre um quinto da face visível da Lua. Segundo o artigo, ao analisar dados de uma missão da Nasa, astrônomos descobriram remanescências de antigas fendas na crosta lunar, que no passado formaram um "sistema de bombeamento de magma".

Este sistema inundou a região com lava há entre 3 e 4 bilhões de anos. Com o tempo, a lava se solidificou para criar a rocha basáltica escura atualmente visível da Terra. As fendas ficaram evidentes depois de uma missão de 2012, denominada GRAIL, que enviou duas sondas, uma seguindo a outra ao redor da Lua. À medida que a nave principal sobrevoava uma região com crosta mais fina ou mais espessa, o empuxo gravitacional sobre ela mudava e esta alterava por um curto período sua distância em relação à sonda que a seguia.

Ao medir o movimento sanfona entre as duas sondas, os cientistas conseguiram mapear diferenças na crosta lunar. Esse mapa mostrou que a margem da região Procellarum tem a forma de um polígono, com extremidades que se unem em um ângulo de 120 graus. Esta é a assinatura da contração por material fundido e que se resfriou e cristalizou, enquanto o impacto de um asteroide teria criado uma cratera circular ou elíptica, acreditam os cientistas. Ainda não está claro, no entanto, porque a erupção de lava aconteceu, afirmou Maria Zuber, professora de Geofísica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).


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| Fonte: AFP |
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O Japão inicia em novembro a construção de uma enorme "fazenda solar", uma estrutura de captação de energia capaz de gerar 231 megawatt a partir de 2019. As informações são da CNBC.

O gigantesco painel solar será instalado em Setouchi graças a incentivos do governo e de um financiamento feito pela companhia norte-americana de energia e tecnologia General Electric (GE), que terá 60% de participação no projeto, ao lado da Kuni Asset Management e da Toyo Engineering Corporation.

A chamada "fazenda solar" custará US$ 1,1 bilhão para ser construída e esse grupo de empresas realizou um empréstimo de US$ 867 milhões a bancos japoneses, a maior quantia levantada para projetos de energia renovável no Japão até hoje.

A construção do projeto ganhou apoio do governo e dos bancos japoneses principalmente após o acidente com a usina nuclear de Fukushima, em março de 2011. Desde então, o governo tem incentivado a construção e criação de novas alternativas às usinas nucleares e criou facilidade para iniciativas de projetos para captação de energia solar. Atualmente, o país já contabiliza 11 gigawatts de energia proveniente desses projetos.







O investimento tem dado certo, assim como os programas de incentivo para encorajar projetos em energia renovável. Até agora, o Japão tem 71 gigawatts em projetos de energia aprovados, dos quais 96% são solares.

O painel solar tem 1.210 acres, ou quase cinco quilômetros quadrados de extensão, e irá cobrir uma área onde antes ficava um campo de produção de sal. O projeto deve começar a funcionar comercialmente no segundo trimestre de 2019 e vender energia para a Chugoku Electric Power Company, num contrato de 20 anos. A construção ficará por conta da Toyo Engineering e da Shimizu Corporation e tanto operação como manutenção serão realizadas pela Chudenko Corporation.

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| Fonte: CanalTech, CNBC |
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Planetary Resources planeja explorar a mineração de asteroides
Foto: Thinkstock
Chris Lewicki está tentando tirar água de pedra. Na verdade, uma grande pedra que está a milhares de quilômetros da Terra.

Ele é o presidente da Planetary Resources, uma empresa de mineração que já participou de missões à Marte realizadas pela Nasa, a agência espacial americana. Agora, Lewicki aposta alto em asteroides.

Esses pedaços de rocha que vagam pelo espaço são ricos em minerais valiosos, diz o executivo, mas encontrar água em algum deles pode ser equivalente a achar ouro.

"A partir de observações feitas com telescópios, vemos que certos tipos de asteroides podem ter água em relativa abundância, além de outros minerais contidos nela", afirma ele.

• Alto custo
Mas por que a água, que cobre a maior parte de nosso planeta, é tão valiosa no espaço?

O custo atual de enviar água suficiente para seis astronautas da Estação Espacial Internacional gira em torno de US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões), segundo Lewicki.

Além disso, a água pode ser transformada em ar e combustível - hidrogênio líquido e oxigênio formam o tipo mais eficiente de combustível para foguetes conhecido pelo homem.

Atualmente, as naves espaciais precisam carregar todo o combustível necessário para uma missão, o que aumenta seu peso e os custos de cruzar a atmosfera terrestre. Uma vez no espaço, equipamentos caros precisam ser abandonados, porque o custo para trazê-los de volta seria muito alto.

Mas "imagine se fosse possível reabastecer a espaçonave no espaço", questiona Lewicki?



• Ideia lucrativa
A Planetary Resources não está sozinha nessa nova missão. Outras empresas também querem extrair combustível de asteroides e transformá-los em estações de reabastecimento no espaço.

Como asteroides têm pouca gravidade, pousar e decolar deles não exige muita energia. Esses corpos rochosos existem em grande número e estão próximos da Terra, o que os tornam uma potencial e valiosa estação de reabastecimento para missões mais longas.

Michael López-Alegría, um ex-astronauta da Nasa e atual presidente da Federação de Voos Espaciais Comerciais, diz que empresas estão interessadas nestas ideia "muito lucrativa" de mineração espacial, que vai além dos asteroides.

"Há uma grande quantidade de água congelada nas regiões polares da Lua", ele acrescenta. "É mais fácil chegar à Lua do que a um asteroide também é mais simples nos comunicarmos com um robô ou pessoa que esteja lá."

• Quem é o dono
Um projeto de lei no Congresso americano pode ajudá-las nessa iniciativa, ao conferir a essas companhias direitos de propriedade sobre o que encontrarem nos asteroides. No entanto, se aprovada, pode enfrentar resistência internacional.

Um tratado de 1966 da ONU proíbe a apropriação de recursos espaciais. Assim, explorar a Lua estaria fora dos limites legais.

Mas especialistas dizem que há dúvidas sobre o fazer com asteroides, particularmente em relação a recursos que permaneceriam no espaço, algo que não foi previsto quando a legislação foi criada.

Na medida em que a indústria espacial comercial cresce, com bilhões de dólares já investidos no setor, empreendedores argumentam que deveriam se tornar donos do que encontrarem.

• Concorrência
Os custos são muito altos, afirmam eles, para correr o risco de que suas descobertas sejam apropriadas por governos ou concorrentes.

Lewicki diz que a incerteza quanto à legalidade da apropriação desses recursos por empresas gera desconfiança nos investidores e já está afetando o crescimento de sua empresa.



Não são apenas outras companhias que fazem parte da concorrência. Lewicki diz que a China lançou missões não-tripuladas para explorar asteroides e a Lua, e a Nasa trabalha em uma missão tripulada para coletar amostras de asteroides próximos à Terra na década de 2020.

Se os Estados Unidos querem que sua indústria espacial privada faça parte dessa movimentação, diz López-Alegría, legisladores precisam criar um "ambiente mais previsível" no qual empresas possam "ter direitos à exploração sem interferência".

• Projeto de lei
Em julho, o congressista Bill Posey, do Partido Republicano, apresentou o chamado Ato de Tecnologia Espacial para Exploração de Oportunidades de Recursos no Espaço Profundo (ASTEROIDS, na sigla em inglês)

O documento, de apenas cinco páginas, propõe permitir que empresas detenham a propriedade sobre "qualquer recursos obtido de um asteroide no espaço".

Lewicki foi um dos especialistas ouvidos na elaboração do projeto de lei. Apesar de algumas pessoas o considerarem vago demais, ele argumenta que a resolução estabelece linhas gerais para uma nova indústria.

A congressista Donna Edwards, do Partido Democrata, discorda. Na sua visão, é arriscado aprovar de forma apressada uma lei tão ampla e duradoura.

"Nosso trabalho não é criar leis para atender os interesses de certos negócios", afirma ela. "Nosso trabalho é elaborar um plano e um protocolo para o programa espacial americano e para a forma como interagimos internacionalmente."

• Riscos
Em uma recente audiência no Congresso sobre o assunto, Joanne Irene Gabrynowicz, professora de Direito espacial da Universidade do Mississippi, alertou que o projeto pode ter um impacto político "considerável" em tratados internacionais.

"Se for transformado em lei, devemos esperar que esse projeto seja questionado legal e politicamente", acrescentou ela.

Edwards diz que parceiros internacionais, como a Agência Espacial Europeia e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, além de China e Rússia, precisam estar envolvidos no debate sobre a propriedade de recursos espaciais desde o início.

"Não estamos sozinhos neste jogo", afirma ele. "Temos a obrigação de entender como será esse novo cenário e garantir que estejamos todos seguindo as mesmas regras."


"Não começaremos a minerar asteroides amanhã, então, temos tempo para estabelecer este contexto", acrescenta.

Mas Lewicki diz que a Planetary Resources lançará sua primeira nave espacial no início de 2015 e já tem planos para muitas outras.

"Se o Congresso encontrar uma forma de colocar a mineração espacial nos termos da lei, isso nos permitirá acelerar nossos esforços e buscar essa estratégia de forma mais agressiva do que fazemos hoje", afirma ele.

"Isso vai se tornar realidade muito antes do que as pessoas imaginam. Não será daqui a décadas. Há empresas prontas para fazer isso agora", conclui.


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| Fonte: BBC Brasil, Terra |
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Um estudo apresentado nesta quinta-feira indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea.

Utilizando um sofisticado modelo que permite simular as fórmulas químicas entre as moléculas de água formadas no Sistema Solar e as que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, descobriram que entre 30 e 50% da água consumida hoje em dia é cerca de um milhão de anos mais antiga do que o Sol.

O trabalho, divulgado na revista americana Science, vai alimentar o debate sobre se as moléculas de gelo de água nos cometas e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga.


Reprodução/U.S. Water Alliance


















"Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante", explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.

Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados deste estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar mais além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas.

"Trata-se de um passo importante em nossa busca para saber se a vida existe em outros planetas", afirmou Harries. Os resultados "aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) contem com as condições propícias e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução", afirmou.


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 | Fonte: Em Resumo |
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