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"Eu disse sim imediatamente".

Stephen Hawking, o mais famoso físico e cosmólogo do mundo, afirmou esta semana que ele está, na verdade, indo para o espaço - e está acontecendo tudo graças ao grupo Virgin (e um pouco de tecnologia moderna).
Espaço - Exploração Espacial - Notícias - Stephen Hawking
Um anúncio surpresa feito pela SpaceX na segunda-feira passada prevê que seres humanos viajem para além da órbita baixa da Terra até o final de 2018.

A concepção artística de uma nave espacial tripulada Dragon. SpaceX
Em 12 de novembro de 1968, a NASA, preocupada com um teste de um foguete soviético lunar fosse eminente, anunciou publicamente um plano audacioso para enviar astronautas ao redor da Lua no Natal do mesmo ano.
Avançando rapidamente quase 50 anos depois: o CEO e fundador da SpaceX, Elon Musk deixou a comunidade espacial alvoroçada, anunciando um plano para fazer o mesmo.
O anúncio afirmou que dois indivíduos ainda não identificados serão tripulantes do SpaceX em uma possível missão em torno da Lua e retornando à Terra em uma trajetória livre de retorno no final de 2018. Os dois indivíduos já teriam pago um depósito significativo para o voo. O preço exato não foi especificado, mas Musk disse em uma conferência de imprensa que o montante total custaria mais do que um assento na Soyuz com destino à Estação Espacial Internacional. O preço atual da vaga seria de 58 milhões de dólares.

O interior do versão 2 da cápsula Dragon. Nota-se que há muito mais espaço do que no interior do módulo de comando da Apollo! Space-X
O anúncio afixado no site da SpaceX diz, "Como os astronautas da Apollo, antes deles, esses indivíduos vão viajar para o espaço carregando as esperanças e sonhos de toda a humanidade, impulsionados pelo espírito humano universal de exploração."
A SpaceX planeja conduzir testes de saúde e fitness com os candidatos e divulgar outras informações sobre quem serão eles ainda este ano.
Uma declaração da NASA divulgada no mesmo dia disse: "A NASA elogia seus parceiros da indústria para chegar mais alto. Vamos trabalhar em estreita colaboração com a SpaceX para assegurar-los com segurança satisfatória às obrigações contratuais para o lançamento e retorno dos astronautas para solo americano e continuar a entregar com sucesso suprimentos para a Estação Espacial Internacional."
"SpaceX não poderia fazer isso sem a NASA," disse Musk, via Twitter.
O plano não está isento de céticos: O clima no Twitter após a instrução variou de animado, à pessimista e frustrado. Muitos observaram o número de atrasos que o foguete Falcon Heavy já enfrentou. Outros lembraram que milionários compravam lugares em naves na história antes de astronautas experientes. A janela de lançamento favorável para Marte em 2018 era o prazo original para tripulados na missão Mars Inspiration que Dennis Tito propôs em 2013.
O ceticismo também vem de recentes contratempos com a empresa. Esses reveses incluem a perda da missão CRS-7 logo após o lançamento em 2015 e uma explosão, resultando na perda do satélite israelense Amos 6 antes de um teste de fogo estático em 01 de setembro de 2016.
No entanto, Elon Musk tem uma propensão para sonhar grande. Em setembro passado, ele anunciou planos para colonizar Marte no próximo meio século. A maioria das missões à Marte privadas, como a Mars One, apresentam interpretações artísticas de hardware da SpaceX. A SpaceX também anunciou recentemente que um plano para conseguir um cápsula Dragon Red em Marte está agora voltado para uma janela de lançamento de 26 meses, em 2020.

Dragon V2 toma o lugar central. SpaceX
Caminhos para a Lua
O ceticismo também vem de recentes contratempos com a empresa. Esses reveses incluem a perda da missão CRS-7 logo após o lançamento em 2015 e uma explosão, resultando na perda do satélite israelense Amos 6 antes de um teste de fogo estático em 01 de setembro de 2016.
No entanto, Elon Musk tem uma propensão para sonhar grande. Em setembro passado, ele anunciou planos para colonizar Marte no próximo meio século. A maioria das missões à Marte privadas, como a Mars One, apresentam interpretações artísticas de hardware da SpaceX. A SpaceX também anunciou recentemente que um plano para conseguir um cápsula Dragon Red em Marte está agora voltado para uma janela de lançamento de 26 meses, em 2020.

Dragon V2 toma o lugar central. SpaceX
Caminhos para a Lua
Lançar uma missão ao redor da Lua até o final do próximo ano depende de reunião da SpaceX para determinar vários marcos importantes. O foguete Falcon Heavy e a cápsula tripulada Dragon (referida como "Dragon 2") ainda têm de deixar a plataforma de lançamento e ir para o espaço. Até à data, a SpaceX lançou nove missões automatizadas de reabastecimento para a Estação Espacial Internacional (oito delas bem sucedidas). Estas missões voaram sob contrato com a NASA, usaram o foguete Falcon 9 e uma cápsula Dragon desocupada.
SpaceX também completou várias recuperações de reforço de sucesso com o foguete Falcon 9. Embora nenhum deles tenha sido usado novamente, a empresa espera começar a reutilização de foguetes em breve. Um lançamento da Falcon Heavy teria característica de três boosters que retornam à base simultaneamente.
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Dragon caindo no atlântico após um teste. |
O próximo ano é um bom momento para viagens lunares em termos de partículas de alta energia e radiação do solar, uma vez que estamos nos aproximando de um mínimo solar entre ciclos #24 e #25 de manchas solares; no entanto, os raios cósmicos galácticos podem tornar-se mais de um problema durante os períodos de baixa atividade solar.
Um lugar na história
O voo de reabastecimento da SpaceX mais recente, o CRS-10, foi a primeira missão de lançamento da histórica plataforma de lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, desde o fim do programa de US Space Shuttle em 2011. Uma missão para circundar a Lua e voltar no próximo ano seria lançada da mesma plataforma de lançamento.
O voo lunar da Apollo 8 foi uma missão muito diferente do que a SpaceX propõe, uma vez que atingirem diversos marcos em preparação para o pouso da Apollo 11 na Lua. Enquanto a viagem de 8 dias da SpaceX pode não cobrir qualquer novo terreno, ela seria, pelo menos, o começo da exploração espacial humana para fora das órbitas de baixa altitude ao redor da Terra, desde 1972.
Sete turistas do espaço fizeram breves visitas à Estação Espacial Internacional entre as rotações da tripulação. Na época dos ônibus espaciais, os russos - que precisavam de dinheiro - ficavam muitas vezes ansiosos para preencher lugares vazios da Soyuz com turistas-astronautas endinheirados. No entanto, a viagem para a Lua seria uma primeira vez para o turismo espacial, e definitivamente a tripulação milionária teria exclusivos direitos de se gabar.
Uma nova corrida espacial?
Este anúncio também vem na esteira da declaração da NASA que a agência está explorando a possibilidade de um voo tripulado sobre o primeiro Sistema de Lançamento Espacial missão (SLS), programado para ser lançado no final de 2019. Como a SpaceX, a missão de exploração da NASA 1 também irá circundar a Lua e retornar. A China já está à frente do jogo em termos de grandes foguetes que podem atingir além da órbita baixa da Terra, lançando seu foguete Long March 5 do Wenchang Space Center no ano passado em 3 de novembro.
Estes desenvolvimentos darão aos fãs espaciais algo para festejar, já que passaremos a marca doce e amarga em 05 de abril, de 2.098 dias desde o lançamento da última missão do vaivém espacial da STS-135 - mais do que a diferença entre a missão Apollo final (O Projeto de Teste Apollo-Soyuz em 1975) e o primeiro vôo do ônibus espacial (STS 1 em 1981). Embora os astronautas da NASA continuem visitando a Estação Espacial Internacional, passou muito tempo desde que eles partiram para o espaço de solo norte-americano.

A imagem icônica do nosso planeta natal erguendo-se sobre a Lua. Será que vamos voltar a este ponto de vista no próximo ano? NASA/Apollo 8
É ótimo sonhar, mas é ainda melhor ver foguetes na plataforma de lançamento. Fãs do espaço e especialistas poderão continuar a discutir sobre a privatização do espaço e viagens à Lua e Marte, ou a exploração planetária robótica. Mas em última análise, é ótimo ter qualquer missão com um plano firme em algum lugar, em vez de ficarmos aqui na Terra.
Traduzido e adaptado de Sky and Telescope
Engenharia Espacial - Espaço - Exploração Espacial - Lua - SpaceX - Tecnologia - Terra
2016 tem sido um ano abundante para a ciência espacial. Mas, antes do calendário acabar, separamos a lista das maiores histórias do espaço e acontecimentos científicos dos últimos 12 meses.
Houveram monumentais novas descobertas, incluindo a confirmação da detecção direta de ondas gravitacionais, que deu acesso aos cientistas todo um novo campo de informações sobre eventos cósmicos e inaugurou uma nova astronomia. Este ano, os cientistas também descobriram um planeta potencialmente habitável orbitando a estrela mais próxima ao Sol da Terra.
Como sempre, houveram também obstáculos e contratempos. A missão ExoMars enviou tanto um orbitador quanto uma sonda ao planeta vermelho, mas a sonda se chocou contra a superfície do planeta antes que pudesse começar a sua missão científica. E vários estudos em busca de sinais de uma partícula que poderia explicar a misteriosa matéria escura não trouxeram resultados.
2016 também nos deixa com algumas possibilidades tentadoras para 2017, assim como o potencial para observação de um nono planeta além de Plutão orbitando nosso sol. Mas, antes de olhar em frente, vamos olhar para trás. Aqui estão os maiores e melhores histórias de ciência espacial de 2016.

1 - Detecção direta de ondas gravitacionais pela primeira vez na história.
Em fevereiro, o Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory Laser (LIGO) fez história para a física, quando anunciou a primeira detecção direta de ondas gravitacionais - ondulações que se estendem e comprimem o espaço. Albert Einstein mostrou que o espaço e o tempo são fundamentalmente ligados, então as ondas gravitacionais realmente passam através do tecido cósmico conhecida como espaço-tempo.
A detecção direta de ondas gravitacionais abre um novo campo para a astronomia, pois essas ondas carregam informações sobre os objetos e eventos que as criaram, e esta informação não é transmitida por quaisquer outros meios. Os cientistas podem estudar o universo através do recolhimento de luz de objetos distantes (e, em alguns casos, outros tipos de partículas), mas as ondas gravitacionais não são criadas pelos mesmos mecanismos que criam luz. O LIGO fez duas detecções de ondas gravitacionais este ano (o segundo foi anunciado em junho), e em ambos os casos, as ondas vieram de dois buracos negros que giram em torno uns dos outros e estão colidindo. Essas fusões teriam sido invisíveis para os astrônomos se não fosse pelas ondas gravitacionais. Como LIGO o continua a estudar o céu, os cientistas estão ansiosos para ver o que outros tesouros cósmicos que ele poderá encontrar.
[Leitura adicional: Um brinde a Einstein: Ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez ]

2 - Um planeta em torno da estrela mais próxima ao sol da Terra
A estrela Proxima Centauri encontra-se a apenas 4,2 anos-luz do Sol da Terra - cosmologicamente falando, é "logo alí". Em agosto, os cientistas descobriram um planeta que orbita na zona habitável de Proxima Centauri, ou a região onde a água líquida pode existir na superfície do planeta (e assim, aumentar as chances de que a vida poderia ter evoluído lá). Este planeta recém-descoberto, chamado Proxima b, tem uma massa mínima de cerca de 1,27 vezes a massa da Terra, aumentando ainda mais a possibilidade de que este planeta poderia ser habitável.
Logo após a descoberta ter sido anunciada, um grupo chamado Projeto Blue começou a angariação de fundos para construir um telescópio espacial com a missão específica de estudar Proxima b e se sinais e procurar sinais vida lá.
Em abril, a Fundação Breakthrough - cujos membros incluem o físico Stephen Hawking, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg e empresário Yuri Milner - anunciou uma iniciativa chamada Breakthrough Starshot, que terá como objetivo enviar uma nave espacial do tamanho de um microship para outra estrela. Com a descoberta de Proxima b, os organizadores do projeto Starshot anunciaram que vão direcionar sua nave para esse novo planeta, e potencialmente procurar sinais de vida. A nave seria acelerada com um sistema de laser maciço (e caro), e ainda levaria cerca de 20 a 25 anos para chegar a Proxima b.
[Leitura adicional: Descoberto o que pode ser o exoplaneta rochoso habitável mais próximo da Terra]

Esta visão verticalmente exagerada mostra depressões fendilhadas em uma parte de Marte, onde tais texturas levaram pesquisadores a verificar se havia gelo enterrado, usando um radar penetrante no solo a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter da NASA.
3 - Depósito de gelo em Marte é maior do que o Lago Superior
Um depósito de gelo maciço abrangendo uma região do tamanho do Novo México foi descoberto latitudes médias no Norte de Marte. O depósito encontra-se entre 3 e 33 pés (1 a 10 metros) abaixo da superfície do Planeta Vermelho, que tem entre 50 e 85 por cento de água (o resto é sujeira), e seu volume total é aproximadamente o mesmo que o do Lago Superior, que detém cerca de 2.900 metros cúbicos (12.100 quilômetros cúbicos) de água.
O depósito de gelo poderia ser útil se os seres humanos, eventualmente, resolver ir a Marte. A região onde o depósito foi encontrado, chamado Utopia Planitia, poderia ser facilmente acessível pela sonda porque é relativamente plano e de baixa altitude. O depósito de gelo foi descoberto usando o instrumento Radar Raso (Sharad) a bordo da Mars Reconnaissance Orbiter.

4 - Hubble observa potenciais plumas de água em Europa.
O Telescópio Espacial Hubble espiou o que parecem ser nuvens de água em erupção a partir da superfície da lua Europa de Júpiter. Este satélite gelado pode abrigar um oceano de água líquida bem abaixo de sua superfície, e os cientistas pensam que o mar poderia ter os ingredientes certos para a vida. A NASA está planejando enviar uma sonda em órbita para estudar Europa na década de 2020.
Se Europa está, de fato, expelindo água de seu oceano para o espaço, isto abre a porta para uma missão em órbita para provar a existência de água (sem ter que perfurar o gelo ou mesmo a terra) e procurar por pistas biológicas lá. O telescópio Hubble avistou uma pluma em erupção em Europa em 2012, mas a detecção parecia ser imprecisa ou rara, porque nenhuma atividade pluma foi observada nos anos seguintes.
[Leitura adicional: Telescópio Hubble descobre possível evidência de plumas de água em erupção na lua Europa]

5 - busca de matéria escura volta com mãos vazias
Quatro estudos divulgados este ano voltaram de mãos vazias na busca de uma partícula que poderia compor a misteriosa substância conhecida como matéria escura. Embora a matéria escura não irradie, reflita ou bloqueie a luz (e, portanto, seja invisível no sentido tradicional), a gravidade da matéria escura pode curvar a luz, dando aos cientistas a oportunidade de detectá-la. Existem vários outros pedaços de evidências que indicam que a matéria escura não só existe, mas é cinco vezes mais comum no Universo do que a matéria "regular" (o material que compõe estrelas, planetas e pessoas).
O primeiro estudo veio do experimento Large Underground Xenon que é incrivelmente sensível à matéria escura, que não conseguiu detectar sinais de uma partícula hipotética chamada uma partícula massiva de interação fraca (ou WIMP). Os resultados negativos não descartam WIMPs, mas eles colocam novas restrições sobre as características potenciais de uma partícula de matéria escura WIMP. Duas pesquisas adicionais foram realizadas usando dados do telescópio espacial Fermi Gamma-ray, que coleta partículas de alta energia do universo. Essas pesquisas também não trouxeram resultados. Um estudo final observou os sinais de uma outra partícula hipotética, chamada de axion, usando dados de uma galáxia particular, mas não apareceu nenhuma evidência.

6 - A Saga da estrela de Tabby continua
Em 2011 e 2013, uma estrela distante conhecida como KIC 8462852 (também conhecida como Estrela do gato malhado) apareceu com seu brilho bloqueado, vista da Terra. Esse tipo de mudança de brilho pode ocorrer quando um objeto, como um planeta, passa na frente de uma estrela, mas planetas orbitam suas estrelas-mãe em um laço de tempo regular, e as mudanças no brilho vindas da estrela gato malhado foram altamente irregulares. Em 2015, uma hipótese surgiu que capturou a imaginação do público: Talvez uma civilização alienígena tenha construído uma espécie de mega-estrutura em torno da estrela do gato malhado, bloqueando periodicamente a luz da estrela, vista da Terra. Explicações alternativas (que parecem muito mais prováveis) foram produzidas, mas não há provas suficientes para explicar totalmente o mistério.
Em 2016, a saga da estrela de Tabby (do inglês, "gato malhado", um trocadilho em alusão à autora principal do artigo Tabetha Boyajian) continuou. Novas evidências sugerem que o escurecimento esporádico da estrela pode ter ocorrido há um século. Isso faz com que seja improvável que a fonte do escurecimento seja um enxame de cometas, mas também pode fazer com que seja improvável que uma mega estrutura alienígena seja a culpada. Outras observações revelaram que a estrela não só demonstrou períodos de brilho rápido, mas aparentemente está diminuindo o seu brilho geral.
Mas isso não tem desencorajado as pessoas para investigar a estrela. A iniciativa Breakthrough Listen, que vai gastar US $ 100 milhões nos próximos 10 anos para caçar sinais possivelmente produzidos por civilizações alienígenas, pretende estudar a Estrela do Gato Malhado com telescópio de 330 pés (100 m) Green Bank, em West Virginia. A Astrônoma Tabetha "Tabby" Boyajian da Universidade de Yale foi parte da equipe que originalmente identificou o comportamento irregular da estrela. Boyajian e seus colegas coletaram mais de US $ 100.000 através de uma campanha de financiamento colaborativo, e eles planejam usar esses fundos para pagar pelo tempo do telescópio para estudar a estrela gato malhado mais uma vez.
[Leitura adicional: Megaestrutura Alienígena? 'Estrela do gato malhado' continua a confundir os cientistas]

O planeta anão Makemake que orbita o Sol além de Plutão foi descoberto para ter um pequeno satélite companheiro. Crédito: NASA, ESA, e A. Parker e M. Buie (SwRI)
7 - Planeta anão Makemake tem a sua própria lua!
O planeta anão conhecido como Makemake encontra-se ainda mais longe nos alcances frios do Cinturão de Kuiper que Plutão, a cerca de 45 vezes a distância entre a Terra e o sol. Mas essa não é a questão: No início deste ano, cientistas utilizando o Telescópio Espacial Hubble descobriram uma pequena lua orbitando Makemake (pronuncia-MAH-kay-MAH-kay). Esta companheira em miniatura tem cerca de 100 milhas (160 km) de largura (O Makemake tem de cerca de 870 milhas, ou 1.400 km de largura - Ou um pouco mais de metade do diâmetro da Lua da Terra). Os cientistas vão assistir a dinâmica orbital de Makemake e sua lua para saber mais sobre o planeta anão, incluindo a sua densidade.
[Leitura adicional: Planeta Anão Tem uma concertos Lua | Vídeo , planeta anão Makemake: Uma maravilha gelada em Imagens ]
Desenvolvimentos científicos emocionantes em 2016:
Além dos resultados científicos acima citados, 2016 nos deu algumas dicas irresistíveis sobre novos vislumbres científicos em 2017 e nos anos vindouros.

I - Juno chega a Jupiter
A sonda Juno da NASA chegou a Júpiter em 4 de julho, e se estabeleceu em sua órbita original com o planeta gigante. O plano era fazer com que Juno se aproximasse de Júpiter a cada duas semanas, mas um problema de propulsão forçou a sonda a ficar em uma órbita maior e em vez disso fazer uma aproximação em Júpiter a cada 53 dias.
Embora nenhum grande resultados científico tenha sido produzido pela equipe científica de Juno, o instrumento JunoCam enviou de volta imagens impressionantes do gigante Júpiter, proporcionando um olhar sem precedentes deste monstro gasoso. O investigador principal de Juno, Scott Bolton, disse que as imagens já estão dando dicas irresistíveis sobre a ciência que Juno irá produzir.
[Leitura adicional: Sonda Juno em Júpiter]

II - ExoMars chega ao Planeta Vermelho
A missão ExoMars, uma colaboração entre a Agência Espacial Europeia e a Roscosmos da Rússia, foi projetada com duas partes: um satélite em órbita e um lander de superfície. Mas a sonda encontrou um fim precoce quando a tecnologia de pouso funcionou mal, fazendo com que a sonda colidisse com a superfície marciana.
Mas a sonda permanece operacional, e está reunindo informações que irão ajudar a informar a próxima fase do projeto ExoMars: enviar um rover na superfície marciana. O rover irá incluir uma broca que vai escavar a profundidades de até 6,5 pés (2 m) na poeira e detritos de Marte.

O conceito deste artista mostra uma cápsula Dragon SpaceX na superfície de Marte. Este ano, a empresa de voo espacial privado anunciou planos para enviar cápsulas para Marte já em 2018.
III - SpaceX planeja visitar Marte em 2018
Em setembro, o fundador da SpaceX e CEO Elon Musk fez um discurso muito aguardado para delinear os planos da empresa e, eventualmente, construir colônias humanas em Marte. Mas antes da SpaceX começar a enviar seres humanos ao planeta vermelho, que poderia ajudar a servir vários objetivos científicos, como a devolução de amostras de terra recolhidas pela Mars rover 2020 da NASA (programada para ser lançado em 2020).
Em abril, Musk anunciou no Twitter que a empresa planeja enviar sondas para a superfície de Marte tão cedo quanto 2018. Embora a NASA irá oferecer suporte técnico para as primeiras missões da SpaceX para o Planeta Vermelho, a agência anunciou este mês que ela não vai enviar equipamento científico nas primeiras missões SpaceX. Em vez disso, a agência vai esperar até que a SpaceX teste sua tecnologia.

IV - 'Planet Nove' pode se escondem além de Plutão
No início deste ano, um grupo de cientistas anunciou que tinham encontrado evidências significativas para sugerir que há um planeta do tamanho de Netuno além de Plutão, que orbita o nosso Sol. O chamado Planeta Nove não foi observado ainda diretamente, mas o movimento de outros organismos na parte exterior do sistema solar indica a presença de um corpo maciço, disseram os pesquisadores.
O grupo, liderado por Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, produziu mais provas no final do ano, enquanto olhavam para mais dados rastreando o movimento preciso de pequenos corpos no Cinturão de Kuiper (a região do sistema solar além de Netuno, que é preenchido com pequenos corpos rochosos e gelados). Teorias também surgiram sobre a origem do planeta e como ela chegou a uma órbita tão distante - e provavelmente muito inclinada - ao redor do sol. Os autores do estudo também propuseram formas nas quais o planeta poderia ser visto por telescópios modernos, bem como a região geral onde eles dizem que o planeta deve ser orbital. Talvez 2017 seja o ano que o planeta Nove poderá ser encontrado.
[Leitura adicional: Novo mundo gelado com a órbita de 20.000 anos indica a existência do Planeta Nove]
Traduzido e adaptado de Space
Astronomia - Curiosidades - Descobertas - Espaço - Exploração Espacial - Juno - Júpiter - Marte - Retrospectiva
Em abril de 2015, em alguns noticiários, saiu a notícia de que um asteroide de 40 metros poderá atingir a Terra no próximo ano e novamente, neste fim de ano, a notícia, de algum modo, voltou a viralizar. Mas, quão real é esta notícia? Quais são as chances deste asteroide atingir a Terra?

Em 12 de outubro de 2017, o asteroide 2012 TC4 está programado para sibilar perigosamente perto da Terra. A distância exata da sua aproximação máxima é incerta, bem como o seu tamanho. Com base em observações em outubro de 2012, quando a rocha espacial passou próximo do nosso planeta, os astrônomos estimam que seu tamanho pode variar de 12 a 40 metros. O meteoro que explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro de 2013, ferindo 1.500 pessoas e danificando mais de 7.000 edifícios, tinha cerca de 20 metros de largura. Assim, o impacto de 2012 TC4 poderia ser ainda mais devastador. "É algo para ficarmos de olho" disse Judit Györgyey-Ries, astrônoma da Universidade de McDonald Observatory Texas ", ao astrowatch.net. "Nós poderíamos ver janelas quebradas, talvez, dependendo de onde ele bater."
O asteroide do tamanho de uma casa de tamanho foi descoberto em 04 de outubro de 2012 pelo observatório Pan-STARRS no Havaí. Uma semana mais tarde, ele deu a Terra um barbear mais rente quando passou pelo planeta a uma distância de 0,247 DL (distância lunar), ou 94.800 km. 2012 TC4 é um objeto alongado e de rotação rápida e é conhecido por fazer muitas abordagens próximas da Terra no passado. Agora, os cientistas tentam determinar o caminho exato de 2017 e a probabilidade de um eventual impacto.
"Existe uma chance cumulativa de 0,00055% de que ele vai bater", disse Györgyey-Ries. "Uma vez que a MOID [distância mínima de intersecção de órbita] é de apenas 0,079 DL, isto sinaliza um possível impacto. No entanto, esta é apenas a menor distância possível entre as órbitas".
"Há uma chance em um milhão de que ele possa nos atingir", disse Detlef Koschny, chefe do segmento de Near-Earth Object (NEO) no escritório Space Situational Awareness do programa (SSA) da ESA, ao astrowatch.net. Ele também tentou estimar o tamanho exato do corpo celeste. "O tamanho foi estimado a partir do brilho, mas não sabemos a refletividade. Assim, ele poderia ser menor ou maior, entre 10 m para 40 m. Um objeto ferroso de 40 iria ultrapassar a atmosfera e fazer uma cratera; Um objeto de 10 m objeto rochoso dificilmente seria notado."

O Asteroide 2012 TC4 como visto pela equipe Remanzacco Observatório de Ernesto Guido, Giovanni Sostero, Nick Howes em 9 de outubro de 2012.
Makoto Yoshikawa da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA), membro da Divisão de NEOs na União Astronômica Internacional (IAU) está convencido de que o asteroide não representa qualquer perigo para a Terra. "A distância é muito pequena. Mas esta distância não significa uma colisão", disse ele.
O NASA Asteroid Watch tem certeza de que não há chance deste asteroide bater o nosso planeta, mas Györgyey-Ries admite que mais observações sejam necessárias para mitigar as incertezas.
"Embora tenha uma grande incerteza ao longo da órbita, ela é muito menor do que a incerteza radial, por isso, apenas altera o tempo do sobrevoo mais próximo. Diria com base nisso, que não há nenhuma possibilidade de impacto em 2017, mas mais observações podem ajudar a reduzir as incertezas ", disse ela.
Koschny também está ciente da incerteza. A respeito do tamanho e das orbitas características do asteroide, ele indicou que "certos itens têm grandes incertezas, em particular: o tamanho." Ele observou que, se o for asteroide for rochoso e nos acertar, os efeitos seriam semelhantes ao impacto do Chelyabinsk.
Em abril de 2015, por exemplo, haviam 1572 asteroides potencialmente perigosos (PHA) detectados. Nenhum desses PHAs conhecidos está em rota de colisão com o nosso planeta, embora os astrônomos estejam encontrando novos deles o tempo todo.
Créditos: Phys
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Ao estudar a luz emitida por uma estrela de nêutrons extremamente densa e fortemente magnetizada utilizando o Very Large Telescope do ESO, os astrônomos podem ter encontrado as primeiras indicações de observação de um efeito quântico estranho, previstos primeiramente na década de 1930. A polarização da luz observada sugere que o espaço vazio à volta da estrela de nêutrons é sujeito a um efeito quântico conhecido como birrefringência de vácuo.
Uma equipe liderada por Roberto Mignani do INAF Milão (Itália) e da Universidade de Zielona Gora (Polônia), usando o Very Large Telescope do ESO (VLT) do Observatório Paranal no Chile para observar a estrela de nêutrons RX J1856.5-3754, a 400 anos-luz da Terra.
Apesar de estar entre as mais próximas estrelas de nêutrons, sua extrema escuridão significava que os astrônomos só podiam observar a estrela com luz visível utilizando o instrumento FORS2 no VLT, nos limites da tecnologia de telescópio atual.
Estrelas de nêutrons são os núcleos remanescentes muito densos de estrelas maciças, pelo menos 10 vezes mais massivas que nosso Sol - que explodiram como supernovas nas extremidades das suas vidas. Eles também têm campos magnéticos extremos, milhares de milhões de vezes mais forte que a do Sol, que permeiam a sua superfície exterior e arredores.
Estes campos são tão fortes que até mesmo afetar as propriedades do espaço vazio em torno da estrela. Normalmente, um vácuo é pensado como completamente vazio, e a luz pode viajar através dele sem ser alterado. Mas, na eletrodinâmica quântica (QED), a teoria quântica que descreve a interação entre fótons e partículas carregadas como elétrons, o espaço é cheio de partículas virtuais que aparecem e desaparecem o tempo todo. Campos Magnéticos muito fortes podem modificar este espaço para que ele afete a polarização da luz que passa através dele.
Mignani explica: "De acordo com QED, um vácuo altamente magnetizado se comporta como um prisma para a propagação de luz, um efeito conhecido como birrefringência do vácuo."
Entre as muitas previsões da QED, no entanto, somente a birefringência do vácuo precisava de uma demonstração experimental direta. As tentativas de detectá-la no laboratório foram falhas, desde os anos 80, quando ela foi prevista num artigo de Werner Heisenberg (do famoso princípio da incerteza) e Hans Heinrich Euler.

Esta imagem de campo amplo mostra o céu em torno da estrela de nêutrons muito fraca RX J1856.5-3754 na constelação de Corona Australis. Esta parte do céu também contém regiões interessantes de nebulosidade escura e brilhante em torno da estrela variável R Corona Australis (superior esquerdo), bem como o aglomerado globular NGC 6723. A estrela de nêutrons em si é muito fraco para ser vista aqui, mas ela está em alguma região muito próxima do centro da imagem. Crédito: ESO
"Este efeito pode ser detectado apenas na presença de campos magnéticos enormemente fortes, como aqueles em torno de estrelas de nêutrons. Isso mostra, mais uma vez, que as estrelas de nêutrons são laboratórios de valor inestimável para estudar as leis fundamentais da natureza." diz Roberto Turolla (Universidade de Pádua, Itália).
Após uma análise cuidadosa dos dados do VLT, Mignani e sua equipe detectaram polarização linear a um grau significativo de cerca de 16% - que eles dizem é provavelmente devido ao efeito de reforço da birrefringência de vácuo ocorrendo na área de espaço vazio em torno RX J1856.5 -3754.
Vincenzo Testa (INAF, Roma, Itália) comenta: "Este é o objeto mais fraco para o qual a polarização já foi medido É necessário um dos telescópios maiores e mais eficientes do mundo, o VLT, e técnicas de análise de dados precisos para melhorar a. sinal de um fraco estrela tal. "
"A polarização linear elevada que medimos com o VLT não pode ser facilmente explicada pelos nossos modelos, a menos que os efeitos birefringentes do vácuo previstos pela QED estão incluídos", acrescenta Mignani.
"Este estudo VLT é o primeiro suporte observacional para as previsões destes tipos de efeitos QED's decorrentes extremamente de fortes campos magnéticos", observa Silvia Zane (UCL/MSSL, UK).
Mignani está animado com novas melhorias nesta área de estudo que poderiam acontecer com os telescópios mais avançados: "medições de polarização com a próxima geração de telescópios, como o European Extremely Large Telescope do ESO, poderia desempenhar um papel crucial no teste previsões QED de birrefringência de vácuo efeitos em torno de muitos mais estrelas de nêutrons".
"Esta medição, feita pela primeira vez já em luz visível, também abre o caminho para medições semelhantes serem realizadas em comprimentos de onda de raios X," adiciona Kinwah Wu (UCL/ SSL, Reino Unido).
Este trabalho foi apresentado no documento intitulado "Evidência para birefringência de vácuo da primeira medição da polarimetria óptica da estrela de nêutrons isolada RX J1856.5-3754", por R. Mignani et al., no Monthly Notices da Royal Astronomical Society .
Astrofísica - Espaço - Estrelas de Nêutrons - Física - Mecânica Quântica

Estimada em R$ 35 milhões, a missão Garatéa-L planeja enviar para o espaço o primeiro nanossatélite brasileiro para orbitar a Lua em 2020 e irá pesquisar a possibilidade de vida extraterrestre.
grupo de brasileiros tenta viabilizar o envio da primeira sonda sul-americana até a Lua, colocando-a na órbita de nosso satélite natural -- não haverá pouso por lá, portanto. Poderá ser a primeira vez o Brasil irá realizar uma missão além da órbita terrestre, de acordo com os organizadores. A previsão, se tudo der certo, é que o nanossatélite (um pequeno satélite não tripulado) seja lançado até dezembro de 2020.
A missão foi batizada de “Garatéa-L”, que em tupi-guarani significa “Busca Vidas”, uma referência ao principal objetivo da missão: investigar a origem da vida em nosso planeta e descobrir se ela pode existir em outras partes do espaço. A missão conta, por meio de empresas britânicas, com a parceria da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial do Reino Unido (UK Space Agency). Esta deverá ser a primeira missão comercial de espaço profundo (além da órbita da Terra) dessas agências - chamada de Pathfinder. O satélite será lançado através do foguete indiano PSLV-C11 junto com mais outros cinco pequenos satélites que serão enviadas à Lua.
O mesmo foguete indiano enviou com sucesso a missão Chandrayaan-1 para a lua, em 2008. De acordo com um dos organizadores do projeto do Brasil, Lucas Fonseca, engenheiro espacial, a missão deverá custar R$ 35 milhões e será uma Parceria Público-Privada (PPP). Os valores começaram a ser levantados com órgãos de fomento à pesquisa e outros patrocinadores.

Modelo do interior da sonda Garatéa-L (Foto: Garatéa)
“Essa missão vem sendo planejada desde 2013 e, cerca de um mês atrás, fomos aceitos numa iniciativa europeia para embarcar uma missão brasileira numa missão conjunta de vários países para ir até a Lua”, disse Fonseca, que já participou do envio, trabalhando com a ESA, da sonda Rosetta, que fez o primeiro pouso em um cometa, em 2014.
"O Brasil tem satélites de baixa órbita e média órbita. Nunca foi além da órbita terrestre. Seria a primeira missão brasileira a investigar o espaço profundo", explicou Fonseca.
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Foguete indiano que vai lançar a sonda, em 2020, o PSLV-C11, da Índia (Foto: ISRO)
A missão
A nave-mãe da Pathfinder também fornecerá o serviço de comunicação para os cientistas na Terra, com coleta de dados por pelo menos 6 meses. A missão brasileira levará diversas colônias de organismos vivos e moléculas de interesse biológico, que serão expostos à radiação cósmica. O experimento quer investigar os efeitos do espaço nas diferentes formas de vida. Amostras de células humanas também serão embarcadas.
“A busca por vida fora da Terra necessariamente passa por entender como ela pode lidar - e eventualmente sobreviver - a ambientes de muito estresse, como é o caso da órbita lunar”, disse Douglas Galante, do Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), em Campinas, um dos coordenadores do projeto.
Galante trabalha em conjunto com Fábio Rodrigues, do Instituto de Química da USP, em São Paulo, e conta, além das instituições acima, com a contribuição e participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), do Instituto Mauá de Tecnologia e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Além de possibilitar o estudo com organismos vivos e moléculas e estudar a possibilidade de microorganismos sobreviverem aos efeitos de viagens espaciais longas, a Garatéa-L será colocada em uma órbita que permitirá a coleta de imagens da bacia de Aitken, cratera localizada do lado oculto da lua. Para a concretização da missão, em 2020, tudo precisa estar pronto em 2019, ano em que o homem completa 50 anos de sua primeira missão à lua.
A apresentação ao público da missão será nesta terça-feira (29), às 19h, na Escola de Engenharia da USP em São Carlos, interior de São Paulo.
Como informa o site oficial da missão, essa não será somente a primeira missão aprovada de espaço profundo brasileira, mas também um projeto estruturado de modo a ter um importante componente de financiamento do setor privado. "Acreditamos que se associar a uma viagem à Lua, mais que um sonho, é uma excelente oportunidade para quem quer mostrar que o Brasil é capaz de realizar grandes feitos", disse o informe.
Via: G1
Junte-se a esse sonho:
Site oficial da missão: http://www.garatea.space/
Baixe aqui o manifesto da missão.
Seja um patrocinador: http://www.garatea.space/envolva-se

Brasil - Espaço - Garatéa-L - Missões

Cosmologia é o ramo da Astronomia que envolve a origem e evolução do universo, desde o Big Bang ao presente futuro, até o futuro. De acordo com a NASA, a definição de cosmologia é “o estudo científico das propriedades de grande escala do universo como um todo".
Os cosmólogos debruçam-se sobre conceitos exóticos tal como a Teoria das Cordas, a Matéria Escura ou se, de fato, há somente um Universo ou muitos outros (Teoria do Multiverso). Ao passo de que a astronomia lida com outros aspectos do estudo do Cosmos, tal como objetos individuais (estrelas, exoplanetas, nebulosas), fenômenos e coleções de objetos (aglomerados, galáxias), a Cosmologia se estende por todo o universo, desde seu nascimento até sua morte, acumulando inúmeros novos mistérios a cada passo dado.

Captura Instantânea de uma simulação em computador da formação de estruturas de grande escala do universo, mostrando um pedaço de 100 milhões de anos-luz e os movimentos resultantes de galáxias que fluem em direção à maior concentração de massa no centro. Crédito: ESO
História da Cosmologia & Astronomia
A compreensão da humanidade sobre o Universo evoluiu significantemente ao longo do tempo. No início da história da astronomia, a Terra fora considerada o centro de todas as coisas, com planetas e estrelas orbitando-a. No século XVI, o cientista polonês Nicolau Copérnico sugeriu que a Terra e os outros planetas do Sistema Solar, de fato, orbitavam o Sol, criando uma profunda mudança (Modelo Heliocêntrico) na compreensão do Cosmos. No final do século XVII, Isaac Newton calculou como a força entre os planetas – especificamente as forças gravitacionais – interagiam umas com as outras.
O despontar do século XX trouxe novas perspectivas no intuito de compreender melhor o universo. Albert Einstein propôs a unificação do tempo e do espaço na sua famosa Teoria da Relatividade Geral. No início de 1900, os cientistas estavam debatendo se a Via Láctea continha todo o Universo dentro da sua extensão, ou se ela era simplesmente uma de muitas outras ‘coleções de estrelas’. Edwin Hubble calculou a distância de uma longínqua nebulosa difusa no céu e determinou que ela estava fora dos domínios da Via Láctea, provando que nossa galáxia tratava-se apenas de uma pequena gota em um oceano muito maior do que o imaginado, composto por outras bilhões e bilhões de outras galáxias espaço afora. Usando a Relatividade Geral para comprovar sua teoria, Hubble mediu diversas galáxias e determinou que elas estavam se afastando de nós, levando-o a concluir que o universo não era estático, mas que estava e está em expansão.
Nas últimas décadas, o cosmólogo Stephen Hawking determinou que o Universo em si não é infinito, mas possui um tamanho definível. No entanto, esse tamanho nunca fora medido com exatidão. É algo similar à uma pessoa viajando em torno da Terra; embora o planeta seja finito, ela nunca encontrará seu “fim”, mas, ao invés disso, constantemente circundará o globo. Hawking também propôs que o Universo não poderia continuar ‘para sempre’, mas acabaria por, um dia, terminar.

Alguns pesquisadores acreditam que os padrões de anéis concêntricos em medições da radiação cósmica de fundo são evidência de um universo que existia antes de nosso próprio nascer no Big Bang. Crédito: Roger Penrose e Vahe Gurzadyan
Questões Cosmológicas Comuns
1. O Que Veio Antes do Big Bang?
Devido à natureza fechada e finita do universo, não podemos ver o que há “fora” do nosso próprio universo. O espaço e o tempo começaram com o Big Bang. Embora haja uma série de especulações sobre a existência de outros universos, não há uma maneira prática de observá-los, e como tal nunca haverá qualquer evidência que comprove (ou renegue) sua(s) existência(s).

2. Onde Surgiu o Big Bang?
O Big Bang não aconteceu em um único ponto, mas em vez disso, em todos os lugares do universo, dado que o aparecimento do espaço (e do tempo) ocorreu logo após a "grande explosão", de uma só vez.
3. Se as outras galáxias estão se afastando de nós, isso não nos colocaria no centro do universo?
Não, porque se tivéssemos de viajar para uma galáxia distante, pareceria que todas as galáxias vizinhas similarmente estariam se afastando. Pense no universo como um balão gigante. Se você marcar vários pontos sobre o balão, em seguida, enchê-lo, notará que cada ponto se afasta uns dos outros, embora nenhum deles esteja num ‘centro’. A expansão universal funciona da mesma forma. Não há um centro em especial. Todas as galáxias podem ser consideraras os centros.
4. Quão Velho é o Universo?
O universo tem 13,8 bilhões de anos, com uma margem de cem milhões de anos pra mais ou pra menos.
5. O Universo Vai Acabar? Se sim, como?
[Resposta Aqui, jovem Padawan].
6. Quem veio primeiro: as galáxias ou as estrelas?
O Universo pós-Big Bang era composto predominantemente por hidrogênio, com um pouco de hélio jogado em boa medida. A gravidade causou o colapso do hidrogênio, formando estruturas. Contudo, os astrônomos não têm certeza se as primeiras bolhas de matéria formaram estrelas individuais que depois se juntaram pela gravidade, formando galáxias, ou se montantes colossais de elementos do tamanho de galáxias mais tarde formaram as estrelas...
Traduzido e adaptado de [SPACE]
Cosmologia - Energia Escura - Espaço - Matéria Escura - Multiverso - NASA - Teoria das Cordas - Teoria do Big Bang - Universo
Olhe para o céu à noite e você verá incontáveis estrelas. Mas apenas uma fração microscópica delas são visíveis à olho nu. Na verdade, são estimadas 2 trilhões de galáxias, cada qual com, em média, 100 bilhões de estrelas, no Universo Observável. Isto quer dizer que existem 1025 estrelas lá fora.

Bem, nós temos que começar definindo o que queremos dizer com ‘gigantes’. Seria àquela com o maior raio, por exemplo, a mais brilhante, ou com a maior massa?
Gigantes Galácticos
A estrela com, possivelmente, o maior raio é atualmente UY Scuti, uma supergigante vermelha variável na constelação de Scutum (Escudo). Situada a cerca de 9500 anos-luz da Terra, e composta por hidrogênio, hélio e outros elementos mais pesados similares à composição química do Sol, a estrela tem um raio 1708 vezes maior do que nossa estrela.
Isto é, cerca de 1,2 bilhões de quilômetros, o que resulta numa colossal circunferência de 7,5 bilhões de quilômetros. Para colocar isso em perspectiva, você levaria 950 anos para voar em torno dela em um avião comercial – até mesmo a luz levaria 6 horas e 55 minutos para circunavegá-la. Se substituíssemos o Sol no centro do Sistema Solar por UY Scuti, sua superfície chegaria até a órbita de Saturno, localizada entre o planeta dos anéis e Júpiter – não é preciso dizer que a Terra seria tragada.
UY Scuti, Observatório Rutherford. Haktarfone [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html), CC BY-SA
Dada a sua enorme dimensão e uma possível massa de 20 a 40 vezes maior do que o Sol (ou 2-8×10³¹kg), UY Scuti têm uma densidade provável de 7×10⁻⁶ kg/m³. Em outras palavras, ela é mais de um bilhão de vezes menos densa do que a água.
Na verdade, se colocássemos esta estrela na maior piscina de água do Universo, ela teoricamente flutuaria. Sendo mais de um milhão de vezes menos densa que a atmosfera da Terra à temperatura ambiente, ela voaria livremente sobre a atmosfera terrestre – isso se encontrássemos um parque grande o bastante.
Mas se esses fatos insanos explodiram sua mente, temos que dizer, nem sequer começamos. UY Scuti pode ser grande, mas não é um peso pesado (literalmente). A estrela mais massiva do Universo (até o momento encontrada) é R136a1, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.
Estrela R136a1 (extrema direita) está em um denso aglomerado de estrelas distante 165.000 anos-luz da Terra
Ataque Massivo
Essa estrela, uma esfera de hidrogênio, hélio e outros elementos mais pesados (bem como o Sol e UY Scuti) é apenas 35 vezes maior que o Sol, mas assombrosos 265 vezes mais massiva – impressionante, especialmente tendo em conta que ela já perdeu 55 massas solares durante seu ciclo de vida, iniciado há 1,5 bilhão de anos.
Essa estrela tipo Wolf-Rayet (estrelas evoluídas, muito massivas - mais de 20 massas solares, - e que perdem suas massas rapidamente por meio de ventos estelares muito fortes) está longe de ser estável. Ela se parece com uma esfera azul distorcida com uma superfície um tanto indistinguível, graças aos poderosos ventos estelares ejetados constantemente. Estes ventos viajam à alucinantes 2.600km/s – ou 65 vezes mais rápido do que a sonda Juno (que deve chegar à Júpiter em julho desse ano), o objeto mais veloz já construído pelo homem.
Como resultado, R136a1 perde 3.21×10¹⁸kg/s de massa, o equivalente a uma Terra a cada 22 dias.
Tal como uma estrela do rock, ela brilha muito e morre rapidamente. R136a1 irradia nove milhões de vezes mais energia do que o nosso Sol e pareceria 94.000 vezes mais brilhante no céu terrestre se substituíssemos nossa estrela por ela. Na verdade, ela é a estrela mais luminosa já descoberta.
A Grande Nuvem de Magalhães: cheia de estrelas.
Com uma temperatura de superfície de 53.000°C, R136a1 deve viver por ‘apenas’ mais dois milhões de anos. Sua morte será espetacular, uma espécie de mega-supernova, destruindo tudo no caminho.
Claro, contra esses gigantes nosso Sol é insignificante, mas, também, irá crescer bastante no futuro, à medida que envelhece. Daqui 7,5 bilhões de anos, ele atingirá seu tamanho máximo como uma gigante vermelha, estendendo-se até a presente órbita da Terra, que será engolida no processo.
Até mesmo a maior das estrelas não se compara à menor das galáxias, que não se comparam aos aglomerados, aos superaglomerados ou ao Cosmos em si. E o que dizer da Terra ao lado desses monstros cósmicos? Melhor pararmos por aqui.
[The Conservation]
[The Conservation]
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