Manchas, erupções e ejeções de massa coronal
                            
                            
Basicamente, as manchas solares são regiões menos aquecidas na superfície do Sol que concentram uma quantidade incrível de energia magnética. Nossa estrela, ao contrário do que muita gente pensa, não é um corpo sólido, mas sim uma gigantesca esfera formada por gás ionizado absurdamente quente que é mantido “concentrado” nesse formato por meio de um forte campo magnético criado por partículas carregadas que se movem constantemente.
Além disso, segundo explicou Jenny Marder do site PBS.org, o Sol gira mais rapidamente na altura de seu equador, fazendo com que parte desse campo magnético acabe sendo arrastado, contorcendo-se e acumulando-se em algumas regiões formando as manchas. Então, essas áreas de acúmulo magnético vão ganhando mais pressão, energia e fluidez, e eventualmente parte dessa energia magnética alcança a superfície e é ejetada.

As erupções são bem menores e menos duradouras do que as ejeções de massa coronal e, depois de lançar material através do espaço, o gás ionizado liberado pela explosão esfria e volta para do Sol — chocando-se contra a superfície a velocidades que podem chegar a 100 quilômetros por segundo. Mesmo assim, elas podem interferir com as partículas presentes na atmosfera terrestre e provocar interferências nas telecomunicações.
                              Comportamento bizarro
                              
                                
                              
                               
                              
                                
                              
                              
                                
                              
                              
                                
                              
                              
                                
                              
                            
                            
Entretanto, de acordo com Jenny, embora os astrônomos tenham observado inúmeras erupções na mancha descoberta em outubro, em vez de expelir o gás ionizado ao espaço por meio da ejeção de massa coronal — como seria o normal —, a mancha está mantendo o plasma próximo à superfície do Sol, liberando energia pouco a pouco através das explosões.
Conforme explicou Alex Young da NASA, o que os astrônomos vêm observando pode ser comparado a uma banda elástica que vai sendo torcida até começar a formar nós. Segundo Young, o mesmo está acontecendo com os campos magnéticos do Sol: eles estão se tornando cada vez mais contorcidos e concentrados e, uma hora essa energia toda terá que ser liberada.

Por sorte — ou talvez azar dos terráqueos —, essa complexa mancha se encontra voltada para a Terra, e os astrônomos estão aproveitando a oportunidade para observar e tentar compreender sua atividade. Mas, até o momento, todos parecem pasmos com o que estão vendo, e os cientistas ainda são incapazes de prever o próximo evento que será produzido pela mancha.
                              Imagens: NASA
                            
                          
 
                            
                            
                            
                          














 
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 Graduado em Física pela UEPB. Mestre em física com ênfase em Cosmologia pela UFCG. Possui experiência na área de divulgação científica com ênfase em astronomia, astrofísica, etnoastronomia, astrobiologia, cosmologia, biologia evolutiva e história da ciência. Possui experiência na área de docência em informática e Física. Artista plástico. Fundador do Projeto Mistérios do Universo. Membro da Associação Paraibana de Astronomia e da Sociedade Astronômica Brasileira. Pai, nerd, colecionador, aficionado pela arte, por livros, pela ciência, pela astronomia e pelo Universo.
Graduado em Física pela UEPB. Mestre em física com ênfase em Cosmologia pela UFCG. Possui experiência na área de divulgação científica com ênfase em astronomia, astrofísica, etnoastronomia, astrobiologia, cosmologia, biologia evolutiva e história da ciência. Possui experiência na área de docência em informática e Física. Artista plástico. Fundador do Projeto Mistérios do Universo. Membro da Associação Paraibana de Astronomia e da Sociedade Astronômica Brasileira. Pai, nerd, colecionador, aficionado pela arte, por livros, pela ciência, pela astronomia e pelo Universo.