
No último Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) elevou o nível de alerta de verde para amarelo de atividade vulcânica do vulcão Cumbre Vieja, em Las Palmas, Ilhas Canárias. O nível de alerta para vulcões funnciona como as luzes de um semáforo. O verde representa uma atividade normal. O amarelo representa um risco moderado. O laranja é para sinais pré-eruptivos e o vermelho é uma erupção já iniciada.
Segundo o site MetSul, o Cumbre Vieja vem aumentando significativamente os abalos sísmicos desde 2017, chegando a uma magnitude superior a 3 nos últimos dia, chegando a mais de 100 tremores.
Caso haja uma grande erupção na ilha, o vulcão entraria em colapso e provocaria um tsunami que poderia alcançar a costa dos Estados Unidos e o litoral do Brasil.
Risco baixo
Entretanto, para alguns pesquisadores, o risco para que ocorra uma tsunami é muito remoto ou raro. Um estudo publicado na revista Science of Tsunami Hazards afirna que há uma “superestimações dos efeitos” e uma “atenção inadequada da mídia a esses resultados probabilísticos que criaram uma ansiedade desnecessária de que tsunamis podem ser iminentes e podem devastar litorais densamente povoados em locais distantes da fonte nos oceanos Atlântico e Pacífico”.
De acordo com o oceanógrafo físico Carlos Teixeira, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), apesar da possibilidade ser real, o risco não é iminente e não há motivos para preocupação. Para que haja um tsunami na costa brasileira, é preciso haver uma erupção explosiva e esta causar um desmoronamento nas ilhas. Mesmo se houver uma explosão, segundo Teixeira, não é possível saber o tamanho das ondas. "Você pode ter um tsunami de meio metro, você pode ter menor que isso.", disse o pesquisador.
Ainda segundo o pesquisador, é preciso que o Brasil fique em estado de alerta para qualquer possibilidade, assim como já fazem outros países banhados pelo oceano atlântico.
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