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O que a utopia significa para camundongos?


De acordo com um pesquisador, que fez a maior parte do trabalho dele nas décadas de 50 até 70, isso incluiu comida ilimitada e vários andares de condomínios de roedores. Isso foi tudo parte dos experimentos de John Calhoun para estudar os efeitos da densidade populacional sobre o comportamento.  Mas o que parecia uma utopia e um paraíso de ratos de início, rapidamente se tornou em uma superlotação sem controle e eventual um colapso da população e padrões de comportamento aparentemente sinistros.

Os camundongos não foram legais.

Esther Inglis-Arkell escreveu sobre o 25º habitat e o experimento:

          “No pico da população, a maioria dos camundongos gastaram todo segundo de vida na companhia de centenas de outros camundongos. Eles se reuniam na ‘praça central', esperando para serem alimentados e ocasionalmente atacaram uns aos outros. Poucas fêmeas carregaram a gravidez até o fim, e as que tiveram filhos pareciam simplesmente esquecer sobre eles. Elas carregavam metade de seus filhos para longe do perigo e esqueciam o resto. Às vezes elas derrubavam e abandonavam um filhote enquanto o carregava.
Os poucos espaços isolados abrigavam uma população chamada: os 'mais bonitos’. Geralmente guardada por um macho, as fêmeas – e alguns machos - dentro desse espaço não procriavam e nem brigavam, somente comiam, dormiam e cuidavam deles. Quando a população começou a diminuir, os 'mais bonitos’ foram poupados da violência e morte, mas perderam todo o contato com comportamentos sociais, incluindo sexo e cuidar de seus filhos.

         Os experimentos de Calhoun, que começaram com ratos ao ar livre e  depois foi para o National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental – em tradução direta) fazendo experimentos com camundongos durante o início dos anos 60, foram interpretados no momento como uma evidência do que poderia acontecer com um mundo superpovoado. Os comportamentos incomuns que ele observou foram apelidados de “fossas comportamentais”.

          Após Calhoun escrever sobre suas descobertas em um artigo para a revista Scientific American, esse termo pegou na cultura popular, segundo um artigo publicado no Journal of Social History, o trabalho ajudou a criar um pavor, que lotou as áreas urbanas da época, que existia um risco de decadência moral –e os eventos como o assassinato de Kitty Genovese (apesar de ter sido mal interpretado) somente aumentou severamente a preocupação. Uma série de obras de ficção – livros como Soylent Green (que virou filme, e é chamado no Brasil de: “O mundo em 2020”) e histórias em quadrinhos como 2000AD – apareceram nas ideias de Calhonun e alguns de seus contemporâneos. O trabalho também inspirou em 1971 um livro infantil Mrs. Frisby and the Rats of NIMH, em que NIMH significa National Institute of Mental Health, do qual também foi feito em um filme em 1982: The Secret of NIMH.

       Agora, as interpretações do trabalho de Calhoun mudaram. Inglis-Arkell explicou que os habitats que ele criou não foram realmente superlotados, mas aquele isolamento fez com que os ratos agressivos demarcassem território e isolassem “os mais bonitos”. Ela escreveu: “Em vez do problema da população, pode-se afirmar que o Universo 25 teve um problema de distribuição”.

         Mas pode-se ressaltar que humanos não são ratos. O NIH Record falou ao historiador médico Edmund Ramsden sobre o trabalho de Calhoun:

            “Ultimamente, ‘ratos podem sofrer por aglomeração; os humanos podem lidar com isso’ disse Ramsden. ‘A pesquisa de Calhoun não foi vista apenas como questionável, mas também perigosa.’ Outro pesquisador, Jonathan Freedman, voltou-se para o estudo das pessoas reais – eles foram somente estudantes do colegial e de universidades, mas definitivamente humanos. O trabalho dele sugeriu uma interpretação diferente. A decadência moral pode surgir ‘não da densidade, mas das interações sociais excessivas’. Ramsden disse ‘Nem todos os ratos de Calhoun tinham enlouquecido. Aqueles que controlavam o espaço levaram uma vida relativamente normal.’

            O trabalho de Calhoun não nos deu respostas, mas é raro um estudo ou uma série deles nos dar conclusões concretas. Em vez disso nós temos ideias e um estranho vídeo sobre antigos experimentos sobre utopias de camundongos (em inglês):





Fonte: Smithsonian

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Vestido e ilusao de optica - capaUma histeria coletiva tomou conta da internet sobre uma pergunta aparentemente simples: de que cor é este vestido? Ele parece ser branco e dourado, mas a loja o vende como azul e preto. Dependendo da iluminação, a cor dele parece mudar. Mas… como?!
Antes de tudo, confira as imagens. Este é a foto original, postada no tumblr Swiked:
Vestido e ilusao de optica (1)
Esta é uma imagem da Roman Originals, que vende o vestido:
Vestido e ilusao de optica
Esta é outra foto do mesmo vestido, desta vez com a cor “certa”:
Vestido e ilusao de optica (2)
Este vine mostra como a cor do vestido parece mudar dependendo da inclinação da tela – na verdade, dependendo da iluminação:

Este outro vine mostra como a iluminação parece mudar a cor de um vestido semelhante:


Equilíbrio de branco

O que causa esta ilusão de óptica? Bevil Conway, neurocientista que estuda cor e visão na Wellesley College, explica à Wired que nosso cérebro “corrige” a cor da imagem, mas faz isso de maneira diferente dependendo da pessoa.
Ao tirar fotos, você tem a opção de alterar o equilíbrio de branco: é quando a câmera tenta corrigir o viés cromático da iluminação atual. Seu cérebro também faz um equilíbrio de branco automaticamente: isto é, ou você ignora a tonalidade azul, que resulta na cor branco/dourado; ou ignora o tom amarelo, resultando em preto/azul.
Por que isso acontece? Bem, a visão humana se adaptou ao longo de milênios para ver a luz do dia, só que essa luz altera as cores. Ela tem um eixo cromático que varia entre o vermelho do amanhecer/entardecer e o azul do meio-dia.
Assim, seu cérebro tenta corrigir o viés cromático da luz do dia. Mas a imagem do vestido atinge uma espécie de limite perceptual: “as pessoas descontam o viés azul e veem branco/dourado, ou descontam o viés dourado e veem azul/preto”, explica Conway.
Esta ilusão de óptica mostra como o cérebro se engana ao realizar o “equilíbrio de branco”: os quadrados A e B têm a mesma cor.
Ilusao de optica de xadrez

Bastonetes e cones

Além disso, cada pessoa vê as cores de uma forma ligeiramente diferente. De acordo com alguns amigos cientistas, a explicação provavelmente tem algo a ver com os dois tipos diferentes de células que detectam a luz em seus olhos.
A sua retina é composta por bastonetes e cones. Os bastonetes são mais sensíveis à luz, mas não reconhecem cores, apenas formas. Os cones são sensíveis à cor, porém menos sensíveis à luz – ou seja, em um ambiente escuro, sua visão dependerá mais dos bastonetes que dos cones. Existem três tamanhos de cones: azul (o menor), verde e o vermelho (o maior), como indica o gráfico abaixo:
Bastonetes e cones
O vestido vai parecer azul/preto ou branco/ouro dependendo se o seu olho tiver mais bastonetes ou cones, e também vai depender das condições de iluminação. Cada pessoa tem uma quantidade diferente de cones e bastonetes, e por isso as pessoas podem ver cores diferentes.
Os bastonetes também são muito sensíveis à luz. Eles detectam as cores usando um pigmento chamado rodopsina, que é muito sensível à luz fraca. No entanto, em níveis mais elevados de luz, ele se torna branco e é destruído, levando cerca de 45 minutos para se recompor – é por isso que seus olhos demoram algum tempo para se adaptarem à noite.
Por isso, se você olhar para o vestido em condições de luz brilhante, ficar meia hora em uma sala escura e voltar, o vestido muito provavelmente vai mudar de cor.
É meio absurdo que toda essa explicação científica surgiu por causa de um post no Tumblr, mas até os cientistas estão impressionados. Jay Neitz, neurocientista na University de Washington, diz à Wired: “eu venho estudando as diferenças individuais na visão de cores há 30 anos, e esta é uma das maiores diferenças individuais que eu já vi”. 
Fonte: Gizmoddo [Wired via io9]
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Teoria dos muitos mundos

E, se essas teorias tiverem um fundamento na realidade, será que existirão vidas em outros universos?[Imagem: MIT]
Um experimento recente, que parece mostrar que a função de onda é real, está mexendo com a nossa concepção filosófica da realidade.
Seguindo o caminho das partículas subatômicas até as entidades cosmológicas - lembre-se da busca pela unificação da mecânica quântica com a relatividade -, uma das possibilidades dentre aquelas que têm sido levadas a sério pelos físicos está a existência de universos paralelos, ou multiversos.
Agora, um trio australiano está propondo não apenas que os universos paralelos realmente existem e que interagem uns com os outros, mas também que essa interação pode explicar os fenômenos aparentemente bizarros da mecânica quântica - de quebra, a função de onda, há pouca considerada realidade objetiva por seus colegas, é simplesmente descartada.
"A ideia de universos paralelos na mecânica quântica tem sido aventada desde 1957," explica o professor Howard Wiseman, da Universidade de Griffith, referindo à formulação original da ideia por Hugh Everett.
"Na conhecida interpretação dos 'Muitos Mundos', cada universo ramifica em um monte de novos universos cada vez que uma medição quântica é feita. Todas as possibilidades são então tornadas realidade - em alguns universos o asteroide matador de dinossauro acerta a Terra. Em outros, a Austrália foi colonizada pelos portugueses.
"Mas os críticos questionam a realidade desses outros universos, uma vez que eles não influenciariam o nosso universo em nada. Esta nova abordagem, que chamamos de 'Muitos Mundos em Interação', é completamente diferente, como o próprio nome indica," completa ele.
Física quântica emerge na fronteira entre múltiplos universos
Outros físicos já haviam proposto que vazamentos de energia inter-universos podem revelar os mundos paralelos. [Imagem: Peiris et al.]

Muitos Mundos em Interação
O professor Wiseman e seus colegas propõem que:

  • O universo no qual vivemos é apenas um de um número gigantesco de mundos. Alguns são quase idênticos ao nosso, mas a maioria é muito diferente;
  • todos esses mundos são igualmente reais, existindo continuamente ao longo do tempo, e todos possuem propriedades definidas com precisão;
  • todos os fenômenos quânticos emergem a partir de uma força universal de repulsão entre os mundos 'próximos' (ou seja, semelhantes), o que tende a torná-los mais desiguais.

Quatro maneiras de observar o multiverso

Ele afirma que a teoria dos "Muitos Mundos Interagentes" pode até mesmo criar a possibilidade extraordinária de testar a existência de outros mundos: "A beleza da nossa abordagem é que, se houver apenas um mundo, a nossa teoria se reduz à mecânica newtoniana, enquanto que, se houver um número gigantesco de mundos, nossa teoria irá reproduzir a mecânica quântica."
A teoria quântica poderia então ser entendida como o limite contínuo de uma teoria mecânica vigorando em um número enorme, mas finito, de mundos clássicos, e os efeitos quânticos decorreriam exclusivamente de uma interação universal entre esses mundos, sem referência a qualquer função de onda.
Física quântica emerge na fronteira entre múltiplos universos
O desaparecimento repentino de nêutrons, que não pode ser explicado pela física atual, pode ser o sinal da existência de um universo espelho do nosso. [Imagem: Andrey Prokhorov/Site Inovação Tecnológica]
Universos e mundos
O que o grupo chama de "mundo" é um universo inteiro, com propriedades bem definidas, determinadas pela configuração clássica das suas partículas e campos.
Isso, claro, compromete o conceito tradicional de Universo como compreendendo "tudo". Essa questão aparentemente semântica começa então a ganhar significado prático: para manter o Universo como o "todo", a equipe chama seus "universos individuais" de mundos.
"Em nossa abordagem, cada mundo evolui de forma determinística, as probabilidades surgem devido à ignorância a respeito de qual mundo um determinado observador ocupa, e argumentamos que, no limite de um número infinito de mundos a função de onda pode ser recuperada (como um objeto secundário) a partir do movimento desses mundos.
Algo novo
"Nós introduzimos um modelo simples dessa abordagem de muitos mundos interagindo e mostramos que ele pode reproduzir alguns fenômenos quânticos genéricos - como o teorema de Ehrenfest, o tunelamento, pacotes de onda se espalhando e a energia do ponto zero - como consequência direta da repulsão mútua entre mundos," complementa Wiseman.
Usando simulações numéricas, o grupo demonstra que seu arcabouço teórico pode ser utilizado para calcular estados quânticos fundamentais, sendo capaz de reproduzir, pelo menos qualitativamente, o fenômeno de interferência da dupla fenda, o experimento clássico para demonstrar a dualidade partícula/onda.
"Entrementes, nossa teoria prediz algo novo que não é nem a teoria de Newton, nem a teoria quântica. Nós acreditamos também que, fornecendo um novo quadro mental dos efeitos quânticos, ela será útil para o planejamento de experimentos para testar e explorar os fenômenos quânticos," finaliza Wiseman.
Fonte: Inovação Tecnológica
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Monstro buraco negro nascido logo após o big bangEstima-se que todas as galáxias possuem buracos negros supermassivos em seu centro. Estes começam pequenos, com massas equivalentes a entre 100 e 100 mil sóis e acumulam massa ao longo do tempo por consumir o gás e poeira das estrelas ao seu redor ou através da fusão com outros buracos negros para chegarem a tamanhos medidos em milhões ou bilhões de massas solares. 

Essa compulsão alimentar normalmente leva bilhões de anos, mas uma equipe de astrônomos ficou chocada ao descobrir o que é, em termos galácticos, um bebê monstruoso: um gigantesco buraco negro de 12 bilhões de massas solares em uma galáxia  recém-nascido, a apenas 875 milhões anos após o big bang. Os pesquisadores relataram hoje na Nature on-line que eles estavam vasculhando através de várias pesquisas astronômicas procurando objetos brilhantes no universo primordial chamados quasares, galáxias cujo núcleo é muito brilhante, pois os seus buracos negros centrais estão consumindo material muito rápido. 

monstro que encontraram (representado na impressão deste artista) é aproximadamente 3000 vezes o tamanho do buraco negro central da nossa Via Láctea. Para ter crescido a uma tal dimensão em tão curto espaço de tempo, ele deve ter se alimentado na máxima taxa fisicamente possível para a maioria de seu tipo. O seu grande tamanho e taxa de consumo também tornam o objeto mais brilhante e os astrônomos podem usar sua luz brilhante para estudar a composição do início do universo, uma vez que a maior parte do hidrogênio e hélio originais do big bang haviam sido forjado em elementos mais pesados ​​nas fornalhas de estrelas.

Fonte: Science
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Um grande anel de poeira pode explicar o nascimento da nebulosa de geração de estrela
Berçário estelar: A nebulosa de Orion, que gerou milhares de estrelas, pode dever a sua existência à estrelas massivas que viveram e morreram muito antes de seu nascimento. Crédito: Telescópio Espacial Hubble. NASA, ESA, M. Robberto (STScI / ESA) e do Telescópio Espacial Hubble Orion Tesouro equipe do projeto.

Todas as estrelas não são criadas ao mesmo tempo, nem são seus criadores. De longe, o berçário estelar mais conhecido, a nebulosa de Orion, gerou milhares de estrelas jovens, grandes e pequenas. Ele brilha tão forte que podemos vê-lo a olho nu, mesmo que seja esteja há uma distância de 1.350 anos-luz. Em uma noite escura e clara, sem lua a nuvem de gás e poeira que forma a nebulosa parece uma estrela nebulosa ao sul do altamente visível cinturão de três estrelas de Orion, uma constelação de destaque a noite em todas as regiões povoadas do mundo. Agora, uma nova técnica de imagem revelou que esta grande nebulosa é apenas uma pequena parte de um enorme anel de poeira que se estende por centenas de anos-luz. As sugestões da descoberta das origens da nebulosa: radiação e as explosões de estrelas maciças no centro do anel podem ter expelido gás e poeira para fora até que parte do material recolhido desse à luz o famoso criadouro de estrelas.
Ninguém havia notado anteriormente o anel porque em primeiro plano a poeira de fundo obscurece o objeto recém-descoberto. "Estávamos completamente surpresos ao descobrir que há essa estrutura em forma de anel", disse Eddie Schlafly, astrônomo do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. Ele e seus colegas encontraram o anel usando o telescópio de 1,8 metros Pan-STARRS no Havaí para mapear a poeira interestelar. Há um vermelhamento na poeira da luz das estrelas - que é uma das razões do sol poente parecer laranja ou vermelho - razão pela qual a equipe de Schlafly observou as cores de estrelas sobre a maior parte do céu, a fim de ver onde poeira interestelar se esconde. Através das cores e  da distâncias de 23 milhões de estrelas, a  equipe estabeleceu como a poeira está distribuída em três dimensões e em torno de Orion.
Estas observações revelaram que a nebulosa de Orion encontra-se na borda de um grande anel de poeira que tem 330 anos-luz de diâmetro e é tão grande que boa parte  transborda para Monoceros, a leste constelação de Orion. Se o anel estivesse visível a olho nu, ele ficaria 27 vezes maior do que a Lua cheia. A nebulosa de Orion "pousaria" em uma de suas seções mais densas. A descoberta aparece na edição de 01 de fevereiro do The Astrophysical Journal .
Mapa mostrando as cores verdes da poeira e em torno de Orion. O  novo anel de poeira está do lado esquerdo, e a Nebulosa de Órion reside na região amarela em torno da posição de seis horas.  O anel menor, à direita, já era conhecido e  circunda uma estrela chamada Lambda Orionis. Marcas vermelhas e amarelas  de gás molecular  mostra lugares onde existem misturas de ás e poeira molecular. Crédito: Eddie Schlafly et al. (2015)
John Bally, astrônomo da Universidade de Colorado Boulder, que não está afiliado com a descoberta, chama a nova técnica que revelou o anel de "mapeamento de poeira". "Isso realmente nos permite medir a distribuição de pó em três dimensões, pela primeira vez", diz ele. "Isso eu acho que é um resultado surpreendente." A descoberta aponta para as origens da Nebulosa de Orion. Um cenário: 10 milhões ou 20 milhões de anos atrás, muito antes da Nebulosa de Órion existir, um grupo de estrelas de grande massa surgiuAs estrelas eram quentes e luminosas e a luz ultravioleta emitida dos elétrons retirados do gás de hidrogênio interestelar em todas as direções. Esta radiação empurrou gás e poeira interestelar afastado em uma bolha de expansão, que foi sacudida ainda mais quando as estrelas explodiram como supernovas. Pedaços da superfície da bolha cresceram densos o suficiente para entrar em colapso, formando novas estrelas e uma especialmente rica região do conjunto do nascimento da estrela brilhando com o gás e poeira que agora chamamos a Nebulosa de Órion.
Bally e Christopher McKee, um astrofísico da Universidade da Califórnia, em Berkeley, disse que este cenário é plausível, mas requer confirmação. Se a ideia estiver certa, o anel de poeira deve estar em expansão, assim,  os cientistas terão de medir a velocidade de expansão  da poeira para verificar isso. Essas medidas também indicam quando a expansão começou, indicando a sequência de eventos que podem ter levado à formação de nebulosa de Orion.
A nova sonda europeia  Gaia poderá nos dar mais conhecimento, uma vez que determina distâncias e movimentos de estrelas em todo o céu. Gaia pode revelar estrelas que se afastaram do centro do anel, ensinando-nos mais sobre o processo de formação. A descoberta do anel de poeire de Orion é uma peça importante do quebra-cabeça, diz  Bally, embora muitos aspectos da formação de estrelas da região permanecem incompreendidos. 

Fonte: Scientific American
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Um estudo da National Science Foundation, envolvendo 2.200 participantes, indicou que cerca de 25 por cento dos norte-americanos responderam erroneamente a seguinte pergunta: "Será que a terra gira ao redor do sol, ou o sol gira ao redor da Terra?


A teoria Geocêntrica foi deixada de lado a quase  500 anos, quando Copérnico publicou a Teoria o livro De revolutionibus orbium coelestium. Muito tempo antes, em 250 a.C, Aristarco de Samos já havia calculado que a Terra gira em torno do Sol.

Quando foi feita esta pergunta, 1 em cada 4 americanos entrevistados responderam de forma incorreta: é o Sol que gira em torno da Terra! Em outras palavras, um quarto dos americanos não entendem um dos princípios mais fundamentais da ciência básica, remetendo à antiga prática do geocentrismo.

A pesquisa, realizada pela Fundação Nacional de Ciência, incluiu mais de 2.200 participantes em os EUA, relata a AFP. Além disso a pesquisa apresentava nove perguntas em um quiz sobre a ciência física e biológica e a pontuação média foi de 6,5.

E o fato de que apenas 74 por cento dos participantes sabiam que a Terra girava em torno do sol é, talvez, menos alarmante do que o fato de que apenas 48 por cento sabia que os seres humanos evoluíram a partir de espécies anteriores de animais.

Quando a coisa pareceu alarmante aconteceu algo inusitado: os americanos realmente se saíram melhor do que os europeus, o berço da astronomia observacional, que responderam quizzes semelhantes - pelo menos quando na pergunta sobre o sol e a Terra. Apenas 66 por cento dos residentes da União Europeia responderam corretamente. 

Nós não saberemos os resultados completos da pesquisa ou sua metodologia, até que a Fundação Nacional de Ciência entrega seu relatório ao presidente Obama e os legisladores norte-americanos. Mas nesta evidência que pode acabar ficando um novo feriado no país: O dia em que foi espalhada a "palavra" de que o Sol gira em torno da Terra!

Fonte: revista Time
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 a barra do meio é do mesmo tom (Foto: wikimedia commons)
Ilusão de ótica: a barra do meio possui apenas um tom de cinza.
Segundo o Popular Science, os seres humanos dinstinguir ver apenas 30 tons de cinza e não 50, como vê-se no título do Best Seller que estreou este mês no Brasil.

Claro, isso é uma estimativa aproximada. Dependendo das condições de iluminação, textura da superfície, e cor do fundo, as pessoas podem ser capazes de distinguir um pouco mais ou menos algumas máscaras. Note que a imagem no topo é uma ilusão de ótica, em que a barra é realmente de um tom de cinza. O fundo graduado faz com que a barra pareça ter tons diferentes ao longo do seu eixo horizontal.

Outro exemplo - na ilusão abaixo, o quadrado A é da mesma cor que o quadrado B:

Segundo a 

 (Foto: wikimedia commons)

Mas a visão de cores humana é muito mais rica. Somos capazes de detectar aproximadamente 10 milhões de cores originais. E alguns podem ver ainda mais do que isso.

50 tons de cinza? Pouco provável

Fonte: Popular Science
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Uma nova teoria sugere que o campo de Higgs variou no início do universo, oferecendo condições da matéria se separar da antimatéria.

As estrelas, os planetas, você e eu poderíamos facilmente sermos feitos de antimatéria como matéria, mas não somos. Alguma coisa aconteceu no início da história do universo para dar importa a mão superior, deixando um mundo de coisas construídas a partir de átomos e poucos vestígios da antimatéria que já foi tão abundante, mas é raro hoje em dia. Uma nova teoria publicada em 11 de fevereiro no Physical Review Letters sugere que a recente descoberta do bóson de Higgs, partícula que pode ser responsável, mais particularmente, o campo de Higgs que está associado com a partícula.

 O campo de Higgs é pensado para permear todo o espaço e imbuir massa às partículas que passam por ele, semelhantemente a um corante líquido dá cor aos ovos de Páscoa  quando estão mergulhados. Se o campo de Higgs começou com um valor muito alto no início do Universo e diminuiu para o seu atual valor mais baixo ao longo do tempo, poderia ter diferenciado brevemente as massas de partículas de suas antipartículas ao longo do caminho, uma vez que a antimatéria hoje é caracterizada por ter a mesma massa, mas carga oposta como o seu homólogo de matéria. Esta diferença de massa, por sua vez, poderia ter feito partículas de matéria mais propensas a se formar do que antimatéria no início dos cosmos, produzindo o excesso de matéria que vemos hoje . "É uma boa ideia que merece um estudo mais aprofundada", diz o físico Kari Enqvist, da Universidade de Helsinki, que não estava envolvido no novo estudo, mas que também tem pesquisado a possibilidade de que o campo de Higgs foi reduzido ao longo do tempo. "Há uma probabilidade muito alta para o campo de Higgs de ter um valor inicial alto após a inflação." 

A inflação do universo

 A inflação é uma época mais remota do universo em que o espaço-tempo rapidamente inchou. "A inflação tem uma propriedade muito peculiar; ele permite que os campos de pular ", diz o líder do estudo, Alexander Kusenko da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Durante a inflação, que alterou radicalmente o universo em uma extensão em muito menos de um segundo, o campo de Higgs poderia ter pulado de um valor para outro devido a flutuações quânticas e poderia ter ficado preso em um valor muito alto quando a inflação encerrou. De lá, ele teria se estabelecido em seu valor mais baixo de "equilíbrio", mas enquanto ele estava mudando seu valor constantemente variável, poderia ter dado às partículas de matéria massas diferentes do que suas contrapartes de antimatéria. Eles surgem com mais frequência porque as partículas mais leves requerem menos energia para se formar. Assim, se a matéria era mais leve, poderia ter rapidamente se tornado mais abundante. A razão pela qual o campo de Higgs teria tido um momento tão fácil de saltar durante a inflação é que a massa medida do bóson de Higgs, a partícula associada ao campo, é relativamente baixa. 

O bóson apareceu em 2012 no interior do Large Hadron Collider (LHC), na Suíça, revelando sua massa a ser cerca de 126 GeV (giga elétron-volts), ou cerca de 118 vezes a massa do próton. Isso é um pouco mais leve do que poderia ter sido, de acordo com várias teorias. Pense no campo de Higgs como um vale entre duas falésias. O valor do campo é semelhante à elevação do vale, e a massa do bóson determina a inclinação das paredes do penhasco."Se você tem um vale muito curvado então você provavelmente tem lados muito íngremes", diz Kusenko. "Isso é o que descobrimos. Este valor diz-nos que as paredes não são muito íngremes, isto significa que o campo de Higgs poderia pular e ir muito longe "para outros vales em altitudes mais elevadas. Enqvist concorda que o Higgs poderia muito bem ter começado muito maior do que é hoje. Seja ou não este causou o assunto para se separou de antimatéria é "um pouco mais especulativa", diz ele. 

A nova partícula 

Tal divisão dependeria da presença de uma partícula teorizada que ainda não foi detectada até agora: Os Neutrino Majorana PesadosNeutrinos são partículas fundamentais que vêm em três sabores (elétron, múon e tau). Uma quarto tipo de neutrino pode também existir, no entanto, estima-se que seja muito mais pesados ​​do que os outros e, assim, mais difícil de detectar (porque quanto mais pesada é uma partícula, mais a energia deve produzir no acelerador para criá-la). Esta partícula teria a estranha virtude de ser o seu próprio parceiro da antimatéria. Em vez de uma versão de matéria e antimatéria da partícula, a matéria e antimatéria dos neutrinos de Majorana seriam a mesma coisa. Essa qualidade de duas caras teria feito neutrinos  uma ponte que permitiu que as partículas de matéria passassem para partículas de antimatéria e vice-versa no início do universo. Leis quânticas permitem que as partículas de se transformem em outras partículas por breves momentos de tempo. 

Normalmente, eles são proibidos de conversão entre matéria e antimatéria. Mas, se uma partícula de antimatéria, digamos, um neutrino antielétron se transformou em um neutrino de Majorana, deixaria de saber se era matéria ou antimatéria e poderia, então, ser tão facilmente convertida para um neutrino do elétron regular, como se voltasse atrás em seu estado original de antielétron neutrino. E se o neutrino passou a ser mais leve que o antineutrino naquela época, por causa da variação do campo de Higgs, em seguida, o neutrino teria sido um resultado mais provável, com possibilidade de impor uma vantagem sobre a antimatéria. "Se for verdade, isso resolveria um grande mistério na física de partículas ", diz o físico Don Lincoln do Fermi National Accelerator Laboratory, em Illinois, que não esteve envolvido no estudo. No entanto, o neutrino Majorana "é totalmente especulativo e iludiu a descoberta, mesmo que os experimentos do LHC tenham um programa de investigação vigoroso procurando por ele. Os pesquisadores, certamente, mantêm esta ideia em mente e eles começaram a vasculhar com o LHC no inverno deste ano. " Kusenko e seus colegas também têm outra esperança de encontrar suporte adicional para sua teoria. 

Outrossim, o processo do campo de Higgs também poderia ter criado campos magnéticos com propriedades particulares que ainda habitam o universo hoje, e se assim for, eles podem ser detectados. Se for encontrado, a existência de tais campos iria apresentar provas de que o campo de Higgs sofreu diminuição no valor há muito tempo. Os cientistas estão tentando calcular exatamente o que seriam estas propriedades do campo magnético e se os experimentos têm uma esperança plausível de vê-los, mas a opção aumenta a esperança tentadora que sua teoria poderia ter consequências testáveis ​​e talvez uma chance de resolver o mistério da antimatéria no Universo.

Fonte: Scientific American.
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Uma descoberta feita por astrônomos amadores que passam horas estudando Marte deixou cientistas com a pulga atrás da orelha. Descoberta pela primeira vez em 2012, uma espécie de névoa apareceu orbitando ao redor do planeta apenas uma outra vez e depois desapareceu.

Descoberta pela primeira vez em 2012, uma espécie de névoa apareceu orbitando ao redor do planeta apenas uma outra vez e depois desapareceu. Foto: BBC

Ao analisar imagens da misteriosa neblina, os cientistas da Agência Espacial Europeia descobriram que ela é a maior já vista e se estende por mais de 1.000 quilômetros.

Em artigo publicado na revista Nature, eles dizem que a pluma poderia ser uma grande nuvem ou uma aurora excepcionalmente brilhante. Mas deixam claro que ambas as hipóteses são difíceis de serem comprovadas. "Essa descoberta traz mais perguntas do que respostas", disse Antonio Garcia Munoz, cientista da Agência Espacial Europeia.

Telescópios

Em todo o mundo, uma rede de astrônomos amadores mantém seus telescópios calibrados para analisar o “planeta vermelho”. Eles viram essa misteriosa formação pela primeira vez em março de 2012, logo acima do hemisfério sul de Marte.

Damian Peach foi um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens do fenômeno. "Eu notei essa formação saindo ao lado do planeta, mas eu primeiro achei que havia um problema com o telescópio ou câmera”, disse. "Mas, à medida que eu ia verificando as imagens de perto, percebi que era algo real - e foi uma grande surpresa."

A neblina brilhante durou cerca de 10 dias. Um mês mais tarde, ela reapareceu e perdurou o mesmo período de tempo. Mas nenhuma formação do tipo não foi vista desde então.

Nuvens

Os cientistas que comprovaram o fenômeno buscam agora uma explicação para ele, mas, por enquanto, só têm hipóteses. Uma teoria é a de que a névoa é uma nuvem de dióxido de carbono ou partículas de água.

"Sabemos que há nuvens em Marte, mas até hoje elas foram observadas apenas até uma altitude de 100 km", disse Garcia Munoz. Segundo ele, a misteriosa névoa está bem acima dessa altitude, o que coloca em xeque essa possibilidade.

Outra explicação é a de que esta ela é uma versão local das auroras polares.

"Nós sabemos que nesta região em Marte nunca foram relatados auroras antes”, disse Muñoz. “Além disso, a intensidade registrada nessa névoa é muito, mas muito maior do que qualquer aurora já vista em Marte ou na Terra.”

Para o cientista, se qualquer uma dessas teorias estiver certa, isso significaria que a nossa compreensão da atmosfera superior de Marte está errada.

Ele espera que, ao publicar o estudo, outros cientistas também colaborem com explicações para o fenômeno. Mas, se isso não ocorrer, os astrônomos terão de esperar para as névoas retornarem à Marte.

Fotos de telescópios ou naves que estão atualmente em órbita ao redor do planeta também podem ajudar a desvendar esse mistério.

Fonte(s) BBC
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