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Para você, caro leitor, que anda acompanhando as publicações sobre as “aberrações do tempo”, hoje, pretendo demonstrar através de outro experimento teórico, como tempo que reconhecemos como “passado“ é tão ou mais “incerto” que o futuro.
Para isso, utilizarei o conceito teórico do buraco de minhoca que é, na realidade, um conceito amplamente difundido entre físicos teóricos, entre os quais, Kip Thorne, que elaborou a possibilidade da criação e utilização do mesmo para Carl Sagan no seu livro “Contato”.
Não vou entrar em detalhes de “como” se cria um “buraco de minhoca”. Vou apenas conceitua-lo no sentido de que tal “buraco” é um buraco no espaço-tempo e permite, dentre outras coisas, viajar além da velocidade da luz no que podemos denominar de “Hiper-Espaço”.
Em outras palavras, “buracos de minhoca” conectam partes do espaço longínquo ente si, permitindo, por exemplo, que se possa viajar daqui à Galáxia de Andrômeda, há mais de 2 milhões de anos luz de distancia em apenas segundos, desde que existam uma entrada/saída aqui e outra em Andrômeda.
Pode-se pensar que este é apenas um conceito teórico. Mas muitas explicações físicas podem ser feitas através dos “buracos de minhoca” subatômicos. Por exemplo, o paradoxo das partículas gêmeas, que não importando a distância entre as mesmas, quando a “condição” de uma muda, a outra muda instantaneamente, não importando onde elas estejam no Universo, violando a velocidade da luz. Ou ainda explica como um elétron “some” de uma camada e “aparece” em outra, sem passar pelo “espaço” entre as duas camadas eletrônicas do átomo. Pode-se dizer que estas “partículas” subatômicas ou estão ligadas por “buracos de minhoca” ou passam por eles, deixando de existir em nosso espaço-tempo ou estando permanentemente ligadas por ele.
Mas claro...
Isso é apenas uma dentre muitas hipóteses.
No nosso caso, vamos partir de uma experiência que foi amplamente divulgada pela revista “Superinteressante” na década de 1990. Vamos supor que criamos um “buraco de minhoca” ou um furo no espaço-tempo artificial. Como? Perguntem ao Kip Thorne (ele tem até uma ideia de “como” criar este tipo de experimento). Este “buraco” tem uma entrada e uma saída (e vice-versa).
Vamos chamar uma entrada/saída de “A” e outra de “B”. Ambas estão no mesmo tempo, isto é estão sincronizadas e estão, digamos, a um metro de distância uma da outra. O que acontece se eu colocar o meu braço em “A” ou “B”?
A princípio vai soar “estranho”, mas quando eu colocar meu braço em “A”, digamos, vou vê-lo aparecer em “B” há um metro de distância e não vou ver nada no “caminho”. Vai parecer um truque de “mágica”, muito parecido com o da mulher serrada ao meio. Mas não é um truque de mágica. Ocorre que quando meu braço entrar no buraco de minhoca, ele vai “pular” o espaço (no Hiper-Espaço) e vai aparecer normalmente do outro lado.
Incrível, não é? É como uma partícula gêmea. Se eu mover minha mão, será instantâneo, mesmo que a minha mão estivesse na distância de Andrômeda.
Mas o mais incrível não é isso...
Digamos que eu tenha uma nave espacial capaz de viajar à 99,999999999% da velocidade da luz. Digamos que eu coloque o lado “B” em uma caixa, e o leve para um passeio a esta velocidade durante 1 minuto (tempo da terra – quase instantâneo para “B”). Lembram-se que quando mais perto da velocidade da luz, mais “lento” o tempo fica para o observador (nesta caso, quem ficou na Terra), mas que para o viajante a viagem foi quase instantânea? O que ocorre então?
Bom...
Primeiro vamos estabelecer o observador.
Nós, neste caso, eu e você, leitor, ficamos na Terra e a viagem da nave foi automática.
Digamos que o horário de partida da nave foi exatamente às 13:00 hrs.
Depois da viagem eu trouxe o lado “B” de volta à um metro de distância de “A” em meu laboratório hipotético.
Até aí, tudo bem, certo?
Ocorre que “B” está dessincronizado no tempo com “A”. Por ter viajado tão próximo da velocidade da luz, “B” não passou por aquele minuto de “A”. De certa forma, para “B” não passou tempo algum enquanto que para “A” se passou 1 minuto.
Para nós e para “A” passou-se 1 minuto, então, para nós, já é 13:01 hrs.
Para “B” não houve tempo algum. “B” ainda esta nas 13:00 hrs.
Então estamos um minuto no futuro de “B” ou “B” esta um minuto no passado de “A”.
Confuso?
Eu explico...
Por exemplo: se eu colocar o meu braço em “A” às 13:01 hrs, este só irá “aparecer” em “B” um minuto depois ou até o relógio de “B” chegar as 13:01 hrs.
Até ai, da para “engolir” o experimento, certo?
O nó na sua cabeça vira na seguinte situação: quando eu coloco meu braço em “A”.
Se eu colocar meu braço em “A”, às 13:01 hrs eu TERIA QUE TER VISTO meu próprio braço sair em “B” às 13:00 hrs, mas não vi. O experimento sequer tinha começado. Então onde foi parar meu braço? Resposta: às 13:00 hrs de um passado alternativo em que vi meu braço sair por “B”, ou seja, existem dois passados possíveis. O meu e o de outro “eu” que viu o que não vi.
Em síntese: o passado é tão imprevisível quanto o futuro.
Pior:
Se eu colocar o meu braço em “A” às 13:01 hrs, este só irá “aparecer” em “B” um minuto depois ou até o relógio de “B” chegar as 13:01 hrs, certo? Mas, se eu retirar meu braço de “A”, eu até posso dar a volta no experimento e me cumprimentar em “B”, pois estou cumprimentando meu eu do passado. Mas, se seu fizer isso, eu já não deveria ter sentido que me cumprimentei em “A”? E se não senti? O que aconteceu?
Novamente outro paradoxo.
Aparentemente passado e futuro são a mesma coisa neste experimento. Duas possibilidades para o futuro, que neste caso são: eu sentir o aperto de mão e eu não sentir o aperto de mão (dois universos distintos), e duas possibilidades para o passado. A mão do futuro apareceu e não apareceu (novamente dois universos distintos)
Por que digo Universos distintos?
Porque em ambos os casos a massa do Universo se altera. Minimamente, é claro, mas o suficiente para altera-lo criando duas ou até mais realidades (se eu fizer ambos os experimentos). Então a questão novamente é: o que é real? Existem outros “eus” neste multiuniverso ou o tempo é somente uma ilusão para uma realidade ainda maior?
Se cada decisão que tomo divide o Universo, o tempo não pode ser linear. Pior: podemos voltar ao passado, sim. Mas nunca ao NOSSO passado e sim um passado que se altera quando lá chegamos.
Então, se você pensou em criar uma “maquina do tempo” para voltar uma semana ao passado e ver quais os números da “mega-sena” serão sorteados, sinto muito informar, mas os números, devido à sua simples presença, não serão os mesmos.
Este ensaio determina que o “paradoxo do avô”, em que você volta no tempo e mata seu avo, deixando de existir por isso, na realidade não ocorre.
Você pode viajar no tempo, matar seu avô e criar uma linha alternativa no tempo. Se você voltar pelo “buraco de minhoca”, nada mudou. Seu avô morreu bem velhinho. Mas, se você fechar e tentar reabrir o “buraco de minhoca” para voltar ao seu presente, este sim, pode estar totalmente modificado e você ainda vai existir, porém, sem avô ou pais...
Seguiremos em breve com um quarto ensaio reiterando que este artigo visa apenas estimular a curiosidade e não possui a pretensão de ser uma verdade absoluta, mas ele é validado e embasado na ciência real. Não se trata, em absoluto, de “achismo” ou pseudociência. As perguntas e os experimentos são especulativos na medida em que não sabemos tudo sobre a natureza. Então as especulações são válidas.
Marco Aurélio Riesemberg Hundsdorfer
Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)-Paraná (2017).
Formado em Licenciatura em Geografia (UEPG) (2014).
Pós graduado em Metodologia do Ensino Superior(UEPG) (1997).
Bacharel em Processamento de Dados (1989).
Astrônomo amador(SEMPRE).
e-mail: rhundsdorfer@gmail.com
Paradoxos - Tempo - Viagens no tempo

Buracos Negros são conhecidos por ter muitas propriedades estranhas, uma vez que eles permitem que nada nem mesmo a luz, possa escapar depois de cair dentro dele. Uma propriedade menos conhecida, mas igualmente bizarra é que os buracos negros parecem "saber" o que acontece no futuro. No entanto, essa estranha propriedade decorre da maneira em que os buracos negros são definidos, o que tem motivado alguns físicos a explorar em definições alternativas.
Em um novo artigo publicado na Physical Review Letters, Raphael Bousso, professor da Universidade da Califórnia, Berkeley e Lawrence Berkeley National Laboratory e Netta Engelhardt, um estudante de graduação na Universidade da Califórnia, Santa Barbara, relataram uma nova área em geral da lei da relatividade que baseia-se numa interpretação de buracos negros como objetos geométricos curvos, chamados "telas holográficas".
"A então chamada teleologia do horizonte de eventos do buraco negro é um artefato da maneira em que os físicos definem um horizonte de eventos: o horizonte de eventos é definido em relação ao tempo decorrido no futuro infinito, então por definição isso é 'saber' sobre o destino de todo o universo," disse Engelhardt. " Na Relatividade Geral, o horizonte de eventos do buraco negro não pode ser observado por qualquer observador físico em tempo finito, e não há um sentido no qual o buraco negro como uma entidade, saber sobre o futuro infinito. É simplesmente uma maneira conveniente de descrever buracos negros".
Como explicou Engelhardt, uma das razões por as telas holográficas serem tão interessantes é que elas são definidas de uma forma que depende de propriedades locais e não requer informações sobre o futuro infinito.
"Esta é uma propriedade que faz com que objetos como telas holográficas serem tão atraentes: elas não sofrem com tais propriedades bizarras da forma em que eles são definidos," disse ela.
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A nova lei área indica que a área de uma tela holográfico futura (a linha azul sólida em [A]) está sempre aumentando numa direção, enquanto a área de um tela holográfica passada (a linha azul sólido em [b.]) é sempre crescente em uma direção diferente. Crédito: Bousso e Engelhardt. © 2015 Sociedade Americana de Física |
Em um estudo, os físicos relatam uma nova lei da área que diz em qual direção a área de uma tela holográfica aumenta, que depende se a tela é uma "tela holográfica futura" ou uma "tela holográfica passada." Como explicam os cientistas, estes dois tipos de telas correspondem aos tipos diferentes de campos gravitacionais.
"Telas holográficas são de certa forma um limite de local para regiões de campos gravitacionais fortes", disse Engelhardt. "Telas holográficas futuras correspondem aos campos gravitacionais que puxam matéria em conjunto (por exemplo, buracos negros, big crunch), telas holográficas passadas correspondem às regiões que espalharam a matéria para fora (por exemplo, big bang, buraco brancos)."
A nova lei de área afirma que a área de uma tela holográfica futura fica sempre aumentando em uma direção, enquanto a área de um tela holográfica passada está sempre aumentando em uma segunda direção (diferente). Esta lei tem algumas interpretações intrigantes quando vista do ponto de vista termodinâmico e usando a ideia de que o espaço-tempo é um holograma. De acordo com o princípio holográfico, a quantidade de informações ou de entropia em uma determinada área está relacionada com a área de superfície. Então para interpretar a área como um limite sobre a entropia, a lei de área pode revelar a direção do tempo termodinâmico (que, como informam os cientistas, não é o mesmo que tempo matemático).
Como a área de futuro e telas holográficas passadas aumenta em direções diferentes, a direção do tempo é diferente para os dois tipos de telas. Nas telas do passado, o tempo avança. Universos em expansão, como o nosso, envolvem telas holográficas passadas, e por isso, naturalmente percebem o tempo termodinâmico como correndo para a frente. Em contraste, o tempo corre para trás em futuras telas holográficas. Em certo sentido, esta interpretação tem o resultado ímpar: o tempo corre para trás dentro em buracos negros e universos em colapso.
Os cientistas também observam em seu estudo que esta é a primeira nova lei de área amplamente aplicável em relatividade geral desde 1971, quando Stephen Hawking mostrou que o horizonte de eventos do buraco negro (e, portanto, sua área de superfície total) nunca fica menor. Mais tarde, no entanto, Hawking mostrou que, na presença de efeitos quânticos, buracos negros emitem radiação. Esta emissão faz com que no horizonte de eventos de um buraco negro, a área de superfície e em massa diminuia ao longo do tempo, de modo que o buraco negro se evapore. Na ausência de efeitos quânticos, no entanto, a lei área Hawking ainda se mantém.
Esta é também uma área de pesquisa futura para Bousso e Engelhardt investigarem como a nova lei de área pode realizar-se na presença de efeitos quânticos.
"Nossa lei de área detêm-se na ausência de efeitos quânticos, e nós esperamos que no futuro provar uma lei de área mais generalizada, que vai realizar-se mais geralmente na presença de certos efeitos quânticos", disse Engelhardt.
Traduzido e adaptado de Phys
Buracos Negros - universo Holográfico - Viagens no tempo
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Viagens no tempo são reais? Se sim, poderia um viajante do tempo mudar o passado?. |
Um bom número de peritos sobre viagem no tempo — nenhum dos quais realmente viajou no tempo (Ou se fizeram, eles escondem muito bem o segredo!) — responderam esses questionamentos.
Primeiro de tudo, é realmente difícil de saber de uma maneira ou outra, porque "presumivelmente, quando um viajante do tempo muda o nosso passado, isto também instantaneamente mudaria nossas lembranças do passado a fim de torná-las coerentes com o passado de 'novo'," diz Christian Wüthrich, professor de filosofia e de estudos de ciência na UCSD. "Se as mudanças para o nosso passado ocorrerem instantaneamente e completamente consistentemente, por exemplo, envolvendo alterações de todas as memórias e registro do passado, então não poderemos saber isso de certeza."
Mas segundo os especialistas, existem alguns pormenores nos quais você pode provar que realmente ninguém pode mudar o passado quando e como quiser:

Viagens no tempo são impossíveis

Isso foi dito muitas vezes, por muitos peritos. Como Jon Thaler, um professor de física da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, disse: "o problema é que não sabemos como construir uma teoria que permite viajar no tempo. Sem uma teoria, é difícil saber quais fenômenos procurar."
Thaler escreveu uma seção de viagem no tempo para o Usenet FAQ em física, em que ele explica que a teoria da relatividade poderia permitir "fechado relativos" que permitem a viagem no tempo — mas o famoso "paradoxo do avô" (em que você voltar e matar o seu próprio avô quando ele era bebê) prova que a coisa toda é impossível. Thaler diz:
"Em poucas palavras, parece que "fechados relativos"– jargão para a instalação física que permite viajar no tempo — são incompatíveis com a mecânica quântica." Isso é basicamente como os físicos interpretam o "paradoxo do avô", exceto que essa abordagem é mais quantitativa, "e, portanto, o tipo de situação que os físicos gostam de analisar."
Mesmo que a viagem no tempo fosse possível, não poderíamos mudar o passado de qualquer forma. Outra frase dita muito por alguns físicos.

Huggett, um professor de filosofia na Universidade de Illinois em Chicago, acrescenta:
Agora não está claro o que isso poderia significar ao mudar o passado. Dizer que algo muda é dizer que isso era uma coisa em um certo tempo e dizer que foi outra coisa em outro tempo, certo? Então, nessas circunstâncias, você poderia mesmo ter mudado o passado? Isso parece exigir que ontem foi, primeiramente, de uma forma e depois de outra. Mas em nosso caso, o viajante do tempo chegaria naquele dia e então a primeira opção nunca aconteceu, e então o passado não foi alterado pela sua chegada — novamente, porque não fez com que algo diferente acontecesse.

A alternativa a esta noção é que, toda vez que você viaja no tempo e muda as coisas, você está criando um novo universo, de acordo com a teoria de "muitos mundos" de Hugh. Esta nova realidade ainda teria um passado coerente, que todo mundo se lembraria da mesma maneira — mas seria um passado que resultou das mudanças do viajante do tempo.
Diz Brun:
Podem haver múltiplos universos, uma vez que, alterar o passado faria com que uma ramificação de um multiverso. Isso soa como uma coisa estranha ou fictícia, mas temos que levar a sério na mecânica quântica, onde uma das principais interpretações da teoria é a chamado imagens de "Muitos mundos", na qual cada evento quântico cria ramificações de universos. Mas mesmo neste caso, não ainda não se pode voltar e mudar a história do próprio universo.
Você só pode ser capaz de viajar até o ponto onde a primeira máquina do tempo foi inventada.
A menos que alguém tenha inventado uma máquina do tempo e ainda não conhecemos ele, isso significaria que estamos seguros. Explica Vanderbilt University Professor de física Thomas J. Weiler:
Tempo de viagem para o passado, se possível, poderia serem possíveis só voltando até o momento da inveção primeira máquina do tempo. Desde o passado, nossa civilização não possuiu uma máquina do tempo, então ele é imutável, considerando que o passado das civilizações mais avançadas pode ser mutável.
A única clara forma de saber se viajantes do tempo existem e mexem com o passado seria se eles se gabassem. Que, como humanos, eles provavelmente o fariam. Diz Huggett:
Suponhamos que amanhã você volta no tempo 2 dias (ou seja, a ontem) e sensacionalmente você aparece na televisão nacional, fazendo previsões corretas sobre hoje. Seria bem conhecido hoje que seu eu futuro realmente tinha afetado o passado.
Embora, mesmo assim, não sabemos com certeza se estes viajantes do tempo prepotente realmente tinham mudado nada.

Isso poderia criar traços que podem ser detectáveis — se alguém realmente estivesse nos visitando em nossa era. Então em resumo, os resultados das viagens no tempo seriam imperceptíveis para aqueles de nós que estão presos no tempo linear, mas os métodos de tempo de viagem provavelmente deixariam alguns vestígios.
O casamento da causa e efeito mudaria as leis de probabilidade

A mistura de causa e efeito podem fazer eventos que antes eram improváveis muito mais prováveis. Então se de repente encontramos as leis do acaso violando nossas estimativas de senso comum da probabilidade, isso pode significar que viagens no tempo estão acontecendo nas proximidades. Em princípio, isto significa que poderíamos detectar de antemão a existência de máquinas do tempo — talvez mesmo antes de serem construídas! Mas é difícil saber exatamente o que procurar.
História prova que eles não estão fazendo isso.
Pra fechar com chave de ouro, uma última palavra com o Professor de Física Universidade Harvard Gary Feldman: "se os viajantes do tempo estão mudando constantemente o passado, eles não são muito bons nisso. Por que eles não evitaram duas guerras mundiais desastrosas e sem sentido no século passado?"
Curiosidades - Mecânica Quântica - Paradoxos - Relatividade Geral - Relatividade Restrita - Viagens no tempo

Separamos os principais temas relacionados a viagens no tempo! Apertem os cintos e voa viagem:
Os paradoxos
1) Paradoxo do Avô: Certamente o mais famoso paradoxo temporal. Suponha um viajante do tempo voltando ao passado para matar seu próprio avô quando este ainda é uma criança, desta forma o pai do viajante não nasceria, tão pouco o viajante. Mas, o que aconteceria ao viajante? Deixaria de existir? E as leis de conservação de massa/energia, seriam violadas?
2) Paradoxo da Acumulação: Imaginemos que alguém volte a um determinado ponto do passado onde, originalmente, ele esteve. Encontraria sua própria cópia (ou melhor, seu original – ou será cópia?). Se voltasse a esse ponto da história outras vezes, veria várias cópias de si.
3) Paradoxo do Deslocamento em Trânsito: Viajantes do tempo levam consigo seu próprio tempo – o presente do modo exato que estava no momento de sua viagem – e não podem ser afetados por alterações ocorridas depois de sua partida. Sofrerão os efeitos dessas alterações quando voltarem ao seu tempo presente, agora modificado.
4) Paradoxo da Descontinuidade: Quando um viajante do tempo encontra no passado um conhecido que partiu de um ponto do futuro diferente do dele. Essa pessoa pode não reconhecer o viajante, pois no presente eles ainda não se encontraram.
5) Paradoxo Final: Criado por um viajante do tempo que muda a História de modo que viagem no tempo nunca seja inventada.
6) Lei dos Paradoxos Menores: Se dois paradoxos mutuamente exclusivos podem ocorrer simultaneamente, acontecerá primeiro o menos paradoxal.
7) Paradoxo da História Retroativa: Quando pessoas do futuro, que não haviam nascido na época de acontecimentos já ocorridos e historicamente registrados, acabarem tornando-se protagonistas desses mesmos eventos.
8 ) Paradoxo dos Loops de Informação: Acontece quando uma informação é enviada do futuro para o passado de modo a se tornar a fonte inicial da mesma informação tal como existia no futuro.
9) Paradoxo dos Loops Sexuais: Acontece quando um viajante do tempo volta ao passado para fazer sexo com um ancestral e se tornar um ancestral de si mesmo.
10) Paradoxo da Fraude: Quando alguma ação no passado, causada por um viajante do tempo vindo do futuro, afeta a linha do tempo, e depois a versão passada do mesmo viajante decide não realizar a citada ação quando alcança aquele mesmo momento do futuro.
11) Paradoxo das Linhas de Tempo Alternativas: Segundo esse paradoxo, o passado não pode ser modificado, e qualquer tentativa de mudá-lo causará a criação de uma linha de tempo alternativa, de existência paralela à linha de tempo original a partir do ponto de mudança. A mera chegada do viajante no passado já causaria sua mudança.
12) Paradoxo da Causa e Efeito: Se alguém viaja para o passado no objetivo de alterar um evento para mudar o presente, assim que o fizesse o motivo pelo qual se viajou deixaria de existir, e consequentemente a viagem também. Neste paradoxo está baseado o filme “A Máquina do Tempo”.
É POSSÍVEL VIAJAR NO TEMPO?
É POSSÍVEL VIAJAR NO TEMPO?
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Réplica da máquina do tempo de H.G Wells que aparece na adaptação do filme de mesmo nome; |
Este é um dos assuntos que mais incomodam os físicos, principalmente pelo fato de sabermos pouco sobre o comportamento do tempo. Seria possível a viagem no tempo? A resposta assombra, mas felizmente (ou infelizmente) é sim! Viajar no tempo é possível de acordo com as teorias adotadas atualmente. Para o futuro é simples questão de velocidade. Se você se locomover próximo a velocidade da luz o tempo “passa” mais lento para você, comparada as demais pessoas que estão em uma velocidade muito reduzida em relação a sua. Mas é para o passado , seria possível?
Segundo nosso amigo bigodudo e descabelado sim! A teoria geral da relatividade de Einstein não só permite que máquinas do tempo existam como “está completamente infestada com elas”, diz o físico Matt Visser, da Universidade Victoria, em Wellington, Nova Zelândia. Visser compilou uma pequena lista de oportunidades de viagens no tempo que surgiram desde que Einstein nos mostrou como gerar uma curvatura no contínuo espaço-temporal. Cada uma delas ameaça a lógica da relação de causa e efeito que serve como fundação à própria física. Juntas, são uma galeria de renegados que faz com que todo físico anseie por uma solução definitiva para o problema das viagens no tempo.
1. O Universo de Gödel

A solução clássica do matemático Kurt Gödel para as equações de Einstein descreve um Universo que gira rapidamente para resistir à contração imposta pela gravidade. Um dos efeitos colaterais de viver em um Universo como esse é que a luz viajaria em curvas, em lugar de linhas retas. Um viajante poderia chegar antes da luz a um determinado ponto, adotando uma trajetória mais curta e, depois de uma jornada longa o suficiente, voltar ao ponto de partida antes mesmo de ter saído.
2. Espaço-temporal de Van Stockum
Esse grupo contém uma família de cenários para máquinas do tempo que se relacionam pelo seu uso de um cilindro denso e em rápida rotação ou, alternativamente, uma corda cósmica rotativa -um longo feixe de matéria de alta densidade remanescente dos primórdios do Universo. A rotação distorce o contínuo espaço-temporal de maneira que um viajante girando em torno do cilindro ou corda seja capaz de seguir uma curva fechada de caráter temporal e voltar ao passado. A dimensão do recuo dependeria do número de giros.
3. Buracos negros de Kerr
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Estrutura de um BN de Kerr, com deformação na singularidade central representada.
O tipo mais simples de buraco negro dispõe de uma singularidade de densidade infinita, em seu centro. Os buracos negros Kerr são rotativos, o que distende essa singularidade e a faz adotar um formato de anel. Passando por esse anel da maneira correta, seria possível viajar em direção ao passado. O problema é que não existe maneira de escapar ao buraco negro. Um equivalente pentadimensional, o buraco negro BMPV, permite curvas fechadas de caráter temporal do lado de fora das fronteiras do buraco negro, caso sua rotação seja veloz o bastante.
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4. A máquina do tempo de Gott
Richard Gott, da Universidade de Princeton, sugeriu tomar duas cordas cósmicas paralelas e fazer com que voem uma em direção à outra, em alta velocidade, sem se chocar. Os viajantes que passassem em torno das duas cordas quando estas estivessem próximas o bastante poderiam se ver de volta ao ponto inicial de sua jornada.
5. Espuma espaço-temporal
Os físicos predisseram que na menor escala possível, cerca de 10-35 metros, a regularidade lisa do contínuo espaço-temporal einsteniano se rompe em uma massa borbulhante de irregularidades topológicas. Nessa micro-escala, viajar para frente e para trás no tempo seria como galgar e despencar com as ondas de um mar tempestuoso.
6. Os wormholes de Morris-Thorne
No começo da década de 90, Michael Morris, da Universidade de Minnesota, e Kip Thorne, do Instituto deTecnologia da Califórnia (Caltech), postularam que um wormhole -um túnel pelo contínuo espaço-temporal- pode ser transformado em uma máquina do tempo se uma das pontas do wormhole for girada em velocidade elevada e a seguir os dois extremos forem aproximados de novo. Ao passar pelo wormhole e voltar à entrada pelo espaço normal, um viajante poderia reviver o passado. Um problema quanto a esse método é que matéria exótica (dotada de energia negativa) é necessária para manter o wormhole aberto.
7. Propulsão de dobra de Alcubierre
Dobras espaciais permitiriam obter um efeito semelhante ao dos wormholes. O físico Miguel Alcubierre, da Universidade de Gales, foi o primeiro a conceber esse tipo de máquina do tempo, em 1994, enquanto investigava a plausibilidade de um motor de dobra espacial ao estilo de “Jornada nas Estrelas”. Em lugar de um túnel, o espaço existe dobrado, e uma passagem em forma de fenda pode ser criada para permitir viagens à velocidade superior à da luz entre dois pontos. Um dos efeitos colaterais é que o motor de dobra funciona também como máquina do tempo.

Essa proposta implica em algo muito maior: Supondo que a humanidade consiga esse feito, toda a sua História teria que ser revista. Em quantos pontos desse percurso houve a interferência desses “homens do futuro” no caminho percorrido por nós , “homens pré-maquina do tempo”? Ia ser uma confusão, que é preferível que ninguém invente. Existe teorias que dizem existir uma espécie de força de proteção cronológica que impede qualquer alteração da linha do tempo. Uma defensora dessa idéia é o paradoxo do avô. A verdade é que para haver tal alteração seria preciso a existência de “realidades paralelas” . Entre tantas duvidas, só existe uma certeza: uma coisa assim em mãos erradas poderia fazer um estrago enorme ou mesmo acabar com a nossa civilização.
8 - Direção da seta de entropia
O tempo é um continuo não espacial no qual eventos ocorrem na direção da entropia maior. E esta entropia é um estado termodinâmico que só avança para a frente e nunca volta ao seu estado original. Se quebrarmos uma xícara jamais veremos o processo inverso. Mas segundo o cientista Todd Brun, físico da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles (EUA), ambas as setas do tempo são tão intuitivas que é difícil perceber a sua distinção. As equações que os físicos usam para descrever os movimentos simultâneos de um grande número de partículas são igualmente válidas se o tempo corre para a frente ou para trás. Por isso, quase todo o complexo arranjo da matéria vai ganhar entropia não importa em que direção o tempo flua. Ou seja, podemos mudar a direção da seta de entropia, e o tempo sempre seguirá ela.
O nosso universo aparentemente começou com o Big Bang, que era uma combinação especial de baixa entropia. Isso dá origem a seta termodinâmica do tempo, conforme os cosmólogos observam, uma vez que o universo está evoluindo de um passado de baixa entropia para um futuro de maior entropia.
9- O espaço tempo de Minkowsky
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Famoso cone de Luz de Minkowski |
Em física e matemática, espaço de Minkowski, também tratada de métrica de Minkowski, é a configuração matemática na qual a teoria da relatividade especial de Einstein é mais comumente formulada. Nessa configuração as três dimensões usuais do espaço são combinadas com uma única dimensão do tempo para formar uma variedade quadrimensional para representar um espaço-tempo.
O espaço de Minkowski possui este nome em referência ao matemático alemão Hermann Minkowski.
FONTE: Inside Science, Ah, duvido,
Curiosidades - Física - Paradoxos - Viagens no tempo
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