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Se você pudesse viajar de planeta à planeta, de estrela em estrela, para além dos golfos de espaço intergaláctico, iria afastar-se do calor das estrelas em direção às vastas profundezas frias do vazio.


Quão frio isso seria? Quão frio é o espaço?

Ao contrário da sua casa, carro, piscina, o vácuo do espaço não possui qualquer temperatura. Trata-se de uma pergunta ‘nonsense’. Somente quando colocamos algo no espaço, como uma rocha ou um ser humano, que conseguimos medir, quantificar uma temperatura.

Lembra-se? Existem três maneiras de transferir calor: condução, convecção e radiação.

Aqueça um lado de uma barra de metal e o outro lado vai ficar quente também; isso é condução. Circulando o ar pode transferir calor a partir de uma sala para outra; trata-se da convecção.

Mas, no vácuo do espaço, a única de forma de transferir calor é a radiação.

Fótons de energia são absorvidos por um objeto, aquecendo-se. Aos mesmo tempo, os fótons estão irradiando à distância.

Se o objeto em questão está absorvendo mais fótons do que emitindo, ele se aquece. E se emite mais fótons do que absorve, ele esfria.

Existe um ponto teórico no qual você não consegue extrair mais energia quando um objeto atinge uma temperatura mínima, que é o zero absoluto (-273ºC ou 0K). Como veremos abaixo, é impossível chegar a tal ponto.
Vamos voltar à Terra, em órbita ao redor do planeta, na Estação Espacial Internacional.

Um pedaço de metal nu no espaço, sob a luz solar constante pode ficar tão quente quanto 260°C. Isso é muito perigoso para os astronautas que têm que trabalhar fora da estação.

Se eles precisarem lidar com esse metal, eles precisam se envolver (ou envolve-lo) em revestimentos especiais ou cobertores para se proteger. Caso seu traje danifique-se, o oxigênio armazenado na roupa pode vazar espaço afora, asfixiando o astronauta.

À sombra, um objeto pode esfriar abaixo dos -100°C.

Os astronautas podem experimentar grandes diferenças de temperatura entre o lado voltado para o Sol, e o lado na sombra. Seus trajes espaciais compensam este fato utilizando aquecedores ou sistemas de refrigeração internos.

Vamos falar sobre astros distantes no Sistema Solar. À medida que viajamos para longe do Sol, a temperatura de um objeto no espaço despenca. A temperatura da superfície de Plutão, por exemplo, pode ficar tão baixa quanto -240°C, apenas 33 graus acima do zero absoluto.

Nuvens de gás e poeira entre as estrelas dentro de nossa galáxia são apenas 10 a 20 graus mais quentes que o zero absoluto. 

E se você inventar de viajar para longe de tudo no Universo, tal como uma zona ausente de galáxias e aglomerados, presenciará uma temperatura recorde de 2,7 Kelvin, ou -270,45°C, a temperatura mínima registrada no vácuo do espaço. 

Trata-se da temperatura da radiação cósmica de fundo, que permeia todo o Universo.

Essa seria uma espécie de ‘temperatura-padrão’ do Cosmos.

[ Universe Today]
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Semana Mundial do Espaço (World Space Week) - uma celebração internacional do espaço e do seu impacto na nossa vida - começa hoje (04 de outubro), e hás boas chances de que exista um evento próximo de você.


Um técnico Soviética testando aSputnik 1 antes do seu lançamento, em 04 de outubro de 1957. Crédito: NASA

A comemoração foi declarada pela primeira vez na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1999, de acordo com representantes da Semana Mundial do Espaço. O evento foi criado para homenagear os dois eventos mais importantes da exploração do espaço: O lançamento do primeiro satélite, o Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957,  a assinatura do Tratado do Espaço Exterior que forma a base legal para o espaço internacional, ocorrida em 10 de outubro de 1967.

"A Semana Mundial do Espaço é composta por eventos de educação espacial e de sensibilização realizadas por agências espaciais, empresas aeroespaciais, escolas, planetários, museus e clubes de astronomia em todo o mundo em um prazo comum", segundo o website oficial. "Estes eventos espaciais sincronizados atraem maior atenção do público e da mídia". 

Alguns dos eventos mundiais importantes acontecendo durante a Semana Mundial do Espaço, que vai até 10 de outubro, incluem:
  • Terça-feira: O evento "viagem de campo virtual" organizado pela companhia aeroespacial Lockheed Martin, em Littleton, Colorado, onde os alunos podem conversar com especialistas da empresa sobre suas aspirações de exploração espacial: https://www.generationbeyondinschool.com
  • De segunda a sábado (de 03 a 08 de outubro): A Fundação da Ciência e do Gabinete Europeu de Recursos em Educação Espacial na Irlanda vão organizar oficinas sobre a Lua e um "unconference" (uma conferência organizada pelos participantes) chamada de SpaceUp Irlandahttp: // www. spaceup.ie/
  • Sábado: O Museu de Ciência e Indústria em Tampa, Flórida, vai apresentar uma tarde com o ex-astronauta da NASA Story Musgrave, que irá partilhar experiências de suas quatro caminhadas espaciais (três das quais ajudaram a reparar o Telescópio Espacial Hubble em 1993): http: // www.mosi.org/programs/adult-programs/afternoon-astronaut-story-musgrave/
  • Sexta-feira (07 de outubro) e sábado: Palestras espaciais vão sediar um evento com antigos os astronautas gêmeos da NASA Scott e Mark Kelly. Em março, Scott voltou à Terra depois de quase um ano a bordo da Estação Espacial Internacional, enquanto Mark voou várias missões no ônibus espacial: https://space-lectures.com/events/2016/10/08/751
Este ano, no Brasil, ocorrerão mais de 250 atividades em 24 estados e 130 cidades já inscritos na página oficial da World Space Week. Você pode conferir aqui se tem algum evento perto de você! 

A página e o site Mistérios do Universo também não ficarão de fora. Esta semana, entre os dias 04 e 10 de outubro, estaremos postando artigos especiais na nossa página oficial do facebook.

Não fique de fora! Venha celebrar a Semana Mundial do Espaço!


Saiba mais sobre o evento: http://www.worldspaceweek.org/about/introduction-portuguese/

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A sonda Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security Regolith Explorador (ORISIS- Rex) irá viajar para um asteroide próximo à Terra, chamado Bennu (anteriormente 1999 RQ36) e trazer pelo menos uma amostra de 60 gramas de volta à Terra para estudo pela primeira vez pelos estados unidos (a sonda  A missão vai ajudar os cientistas a investigarem como os planetas se formam e como a vida começou, bem como melhorar a nossa compreensão dos asteroides que poderiam impactar a Terra.

OSIRIS-Rex está programada para lançamento hoje, 08 de setembro de 2016, às 8:30h, horário de Brasília. Como planejado, a sonda irá atingir o seu alvo, o asteroide, em 2018 e retornar uma amostra à Terra em 2023.

Você pode acompanhar conosco a cobertura e transmissão do lançamento da sonda OSIRIS-Rex logo abaixo:

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A companhia espacial comercial Moon Express se tornou a primeira organização privada a obter aprovação do governo federal dos EUA a pousar uma nave espacial na Lua, e pode acontecer já no próximo ano.

"Com esta decisão histórica, a Moon Express tornou-se a primeira empresa privada aprovada para ir, literalmente, para fora deste mundo como uma pioneira de missões espaciais comerciais além da órbita da Terra," segundo um comunicado feito pela empresa.

A empresa, fundada pelo bilionário empresário Naveen Jain, o cientista da computação Barney Pell, e do futurista do espaço Bob Richards, será a quarta nave entidade na história a colocar uma nave espacial no solo macio na Lua além das agências espaciais norte-americana, chinesa e soviética.

E, supondo que ela tenha sucesso, a Moon Express será a primeira entidade de financiamento privado a pousar na Lua, o que significa que se há dinheiro a ser produzido no material que encontrarão lá em cima, ou seja, eles vão lucrar fazendo mineração na Lua.

O fato de que esta é a primeira vez que um empreendimento comercial ganha a permissão para deixar a órbita da Terra tem ocasionado coisas boas para os órgãos reguladores encarregados de distribuir tais permissões, pois não há nenhum precedente aqui. 

Não há tecnicamente um quadro regulamentar pelo qual o governo dos Estados Unidos possa emitir permissões similares para outras empresas no futuro. 

Em vez disso, foi concedida uma exceção para a Moon Express ser a única a lançar uma missão espacial comercial para além da Terra, e se alguém vier com uma proposta igualmente viável, bem, as entidades reguladoras terão de atravessar essa ponte quando a missão for concluída.

"Não há novas leis, novas regulamentações", disse Bob Richards, da Express Moon, ao The Verge. "Propusemos um cenário onde iríamos construir sobre o processo de revisão de carga útil existente."

O caminho para a aprovação é realmente tão casual que a Moon Express acabou recebendo aprovação legal para minerar e lucrar com minerais da Lua antes que ela mesma tivesse permissão para ir lá, como explica Emily Calandrelli a Tech Crunch:

"Em Novembro de 2015, a Lei de Competitividade de Lançamento Espacial Comercial foi aprovada, que explicitamente afirmava que as empresas privadas estão autorizados a propriedade plena dos recursos que extraem no espaço. O projeto de lei tornou legal para a Moon Express minerar a Lua e manter o que extraídos, mas eles ainda não tinham permissão para viajar para a Lua em primeiro lugar. "


Em abril deste ano o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Agência de Segurança Nacional (NSA) e da Federal Aviation Administration (FAA), entre outros órgãos, ficaram realmente prontos para receber a aprovação da Moon Express para explorar além da órbita da Terra.

A aprovação depende do fato de que os EUA podem garantir quaisquer futuras missões não violararem o Tratado Internacional do Espaço Exterior.

Isto significa a Moon Express teve que mostrar que seria inteiramente transparente com o governo sobre as suas minerações na Lua; que não iria interferir em outras missões espaciais, naves espacial, ou artefatos existentes - "Não dê cavalo-de-pau sobre pegadas do Neil", brincou Richards - e, mais importante, não vá contaminar o outro mundo.

Felizmente, ao contrário de Marte, que ainda tem o potencial de abrigar vida, a Lua é estéril, de modo que esta não é uma preocupação muito grave.

Esperamos então que a Moon Express possa chegar à Lua na sua data prevista e que o governo dos EUA esteja pronto quando as missões SpaceX e Bigelow Aerospace lancem suas candidaturas para enviar uma missão a Marte e criar hotéis espacias.

Bem-vindo à nova era da exploração espacial, todos. Aproveite o passeio.
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A 5 bilhões de km da Terra, a sonda New Horizons da NASA, movendo-se a velocidades na qual poderia-se ir de Nova York para Los Angeles em cerca de quatro minutos, apontou câmeras, espectrômetros, e outros sensores em Plutão e suas luas - mundos distantes que a humanidade nunca havia observado de perto - para gravar de centenas de fotografias e outros dados que mudariam para sempre a nossa visão do sistema solar exterior.

"A New Horizons não apenas concluiu a era do primeiro reconhecimento dos planetas, a missão tem intrigado e inspirado. Quem iria saber que Plutão teria um coração? "Disse o Diretor de Ciência Planetária Jim Green, da NASA. "Ainda hoje, a New Horizons captura nossa imaginação, reacende a nossa curiosidade, e nos lembra do que é possível."  

Dizer que a New Horizons sacudiu os alicerces da ciência planetária é um eufemismo - descobertas anteriores feitas a partir de imagens e composição do ambiente espacial não só nos introduziram no sistema de Plutão mas nos disseram o que nos aguarda quando os cientistas quando eles examinarem outros mundos no cinturão de Kuiper. O investigador principal Alan Stern do Instituto de Pesquisa Southwest, em Boulder, Colorado, listou as descobertas mais surpreendentes e impressionantes da missão de Plutão (até agora):


  • A complexidade de Plutão e seus satélites é muito além do que esperávamos.
  • O grau de atividade atual na superfície de Plutão e da juventude de algumas superfícies em Plutão são simplesmente espantosos.
  • Neblinas atmosféricas de Plutão e taxas de fuga atmosférica são menores do que o previsto por todos os modelos que pré-demonstraram a aérea.
  • Um enorme cinto de tectônico extensional equatorial de Caronte (a maior lua de Plutão) aponta para o congelamento de um antigo oceano de gelo de água dentro Caronte no passado distante. Outra evidência encontrada pela New Horizons indica que Plutão poderia muito bem ter um oceano interno de água gelada hoje.
  • Todas as luas de Plutão, que podem ser datadas em idade pelas crateras na superfície têm a mesma idade - acrescentando um peso na teoria de que elas foram formados juntos em uma única colisão entre Plutão e outro planeta no Cinturão de Kuiper há muito tempo.
  • A escura e vermelha calota polar de Caronte é sem precedentes no Sistema Solar e pode ser o resultado de gases atmosféricos que escaparam Plutão e, em seguida, acrescidos sobre a superfície de Caronte.
  • A grande geleira de Plutão, a 1.000 quilômetros de largura em forma de coração (informalmente chamado Sputnik Planum ou Planície Sputnik) no qual a New Horizons descobriu é o maior glaciar conhecido no sistema solar.
  • Plutão mostra evidências de grandes mudanças na pressão atmosférica e, possivelmente, a presença de correntes ou líquidos estagnados voláteis em sua superfície - algo que só visto em outros lugares como na Terra, Marte e lua de Saturno, Titã em nosso sistema solar.
  • A ausência de satélites adicionais de Plutão além do que foi descoberto antes pela New Horizons foi inesperado.
  • A atmosfera de Plutão é azul. Quem iria imaginar?

Ilustração do próximo alto da missão New Horizons, no cinturão de Kuiper. Creditos: Alex Parker

"É estranho pensar que há apenas um ano, nós ainda não tínhamos uma ideia real de como era o sistema de Plutão," disse Hal Weaver, cientista do projeto New Horizons da Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, em Laurel, Maryland. "Mas não demorou muito para nós percebermos que Plutão era algo especial, e como nada que jamais poderia ter esperado. Temos nos surpreendido pela beleza e complexidade de Plutão e suas luas e estamos animados sobre as descobertas que ainda estão por vir ".

New Horizons está agora quase 300 milhões de milhas além de Plutão, acelerando para seu próximo destino mais fundo no Cinturão de Kuiper, após a aprovação da NASA de uma missão prolongada. Cerca de 80 por cento dos dados armazenados em gravadores da nave espacial foi enviado para a Terra; a transmissão do restante será concluída em outubro.


"Toda nossa equipe se orgulha de ter realizado a primeira exploração de Plutão e do cinturão de Kuiper — algo que muitos de nós tínhamos trabalhado para alcançar desde a década de 1990," disse Stern. "Os dados que a New Horizons enviou sobre Plutão e seu sistema de luas revolucionou a ciência planetária e inspirou pessoas de todas as idades em todo o mundo sobre exploração espacial. Foi um privilégio ser capaz de fazer isso, para o qual eu vou estar para sempre em dívida para com nossa equipe e nossa nação."


Traduzido e adaptado de NASA
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No quesito “grandes perguntas”, não há uma maior do que à despeito do tamanho do espaço. Do melhor conhecimento dos astrônomos, o espaço é infinito. Não podemos observar uma pequena porção de todo o universo. Nós só somos capazes de ver uma ínfima parte de astros luminosos distantes cuja luz chegou até nós. O que torna a questão difícil é o fato de que o Universo ainda está em franca expansão; portanto, fica cada vez maior à medida em que conversamos.


O Universo Observável (medido pela radiação cósmica de fundo) têm 13,7 bilhões de anos. Isso pode fazer você pensar que o raio do espaço possui 14 bilhões de anos-luz. Isto mais do que provavelmente não é verdade. É difícil quantificar a taxa de expansão do espaço, desde seu início até agora. Temos de considerar sua distância e movimento. A estimativa atual mais citada é de que o Cosmos têm um raio de 78 bilhões de anos-luz. Menos do que isso e a luz teria tido tempo suficiente para circunavegar o universo. Na verdade, ninguém têm uma pista definitiva.

Vamos tentar trazer alguma matemática simples para colocar tudo isso em perspectiva. Em um ano-luz, a luz vai viajar 9,46 trilhões de quilômetros. Multiplique isso pela idade do Universo. Vejamos: são 9,46 trilhões de km multiplicado por 14 bilhões de anos. Isso equivale ao número 1.3244e+23! Bem, eu chamei isso de matemática simples, mas, obviamente, eu não estava falando sério. Esse cálculo vai muito, muito além.

Os astrônomos aprendem mais a cada dia. Ao passo de que os telescópios são aprimorados, cada vez mais capazes de observar o espaço profundo, podemos ver objetos muitos anos-luz além. De fato, o que sabemos sobre quão grande é o espaço não será nada comparado ao que saberemos daqui a 50 anos, bem como nada sabíamos cinquenta anos atrás.


Para mais informações sobre o espaço, o melhor a se procurar é no site oficial da NASA (só clicar aqui). Também recomendo que você aproveite o site do Telescópio Espacial Hubble.

* Artigo em parceria com o portal Acervo Ciência.
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Pela primeira vez na história, metade dos astronautas graduados da NASA são mulheres, e elas estão se preparando para ir onde nenhum ser humano foi antes: Marte.


Entre os documentários e filmes narrando os bravos homens que primeiro se aventuraram para o espaço e as imagens granuladas de Neil Armstrong fazendo o primeiro passo da humanidade na Lua, há demasiadas cenas de mulheres que esperam em casa, com olhos colados às telas de TV com telefones ao lado, à espera de notícias de destino de seus maridos no grande vazio do espaço.

Hoje, no entanto, 50 por cento da última classe de astronautas da NASA são do sexo feminino. É claro que as mulheres ganharam um assento no foguete, e uma delas poderia muito bem ser a primeira pessoa a pisar em Marte.

Novos graduados da NASA não foram escolhidos por causa de seu gênero. Eles concorreram e venceram 6.100 candidatos porque eles eram as melhores pessoas para o trabalho.

"Nós nunca determinamos quantas pessoas de cada sexo vamos chamar, mas estas foram as pessoas mais qualificadas dos que entrevistamos," disse Janet Kavandi, vice-diretor da NASA no Centro de Pesquisa Glenn sobre a última classe do astronauta.

Embora a missão a Marte demore 15 anos para ficar pronta, os preparativos já estão em andamento. As mulheres vão desempenhar um papel em todos os aspectos da viagem, quer nos bastidores, construindo o equipamento para chegar lá, preparando-se para explorar o planeta vermelho.

"Se formos para Marte, nós estaremos representando toda a nossa espécie em um lugar onde nunca estivemos antes", disse Anne McClain , de 36 anos, uma veterana de guerra condecorada que voou na linha de frente do Iraqi Freedom. "Para mim, é a coisa mais alta que um ser humano pode alcançar."

Christina Hammock Koch, Nicole Mann, Jessica Meir e Anne McClain

Pioneiros do espaço

Atuais dados mostram que não há nenhuma evidência de diferenças entre os sexos ao analisar as respostas comportamentais ou psicológicas durante o voo espacial.

As mulheres são, no entanto, mais propensas a experimentar intolerância ortostática - a incapacidade de ficar por longos períodos sem desmaiar - após o desembarque. Os homens são mais propensos a experimentar deficiência visual após o tempo no espaço.

Os investigadores da NASA reconhecem que existe uma disparidade entre os dados disponíveis para homens e mulheres, uma vez que muito menos mulheres tiveram a oportunidade de viajar no espaço. Até à data, 543 seres humanos foram ao espaço, mas apenas 11 por cento foram mulheres.

Não é que algumas não tiveram oportunidade de entrarem na fila. Por exemplo, temos Sally Ride, a primeira mulher americana a viajar no espaço e a italiana Samantha Cristoforetti, a primeira mulher a gastar 200 dias consecutivos vivendo na Estação Espacial Internacional. Ainda assim, dado o fato de que o campo tenha sido previamente dominado por homens, essa mudança recente é sísmica.


Chegar a NASA, e ainda mais em Marte, é um passo gigantesco em si.

"Eu sempre fixei minhas visões sobre como trabalhar com a NASA, mas eu não queria chegar lá, levando em consideração coisas habituais, como aprender a voar e mergulhar", disse Christina Hammock Koch, de 37 anos. "Eu queria chegar lá porque eu era apaixonada por ciência e nas fronteiras da humanidade. "Ela esperou 3 anos e meio trabalhando em trabalhando na Antártica (incluindo o Pólo Sul) e no Ártico.

Koch também trabalhou no Laboratório da NASA Goddard Space Flight no Centro de Astrofísica de Altas Energias e do Laboratório de Física Aplicada da Universidade de Johns Hopkins, onde ela ajudou a desenvolver instrumentos científicos já utilizados em várias missões da NASA.

Koch e McClain estão unidas com Jessica Meir e Nicole Mann, ambas com 38 anos. Meir, uma bióloga, estudou os efeitos da microgravidade e vôos espaciais no corpo humano, no Centro Espacial Johnson antes de se tornar um astronauta. Mann é uma engenheira mecânica que serviu dois passeios com o Corpo de Fuzileiros Navais, voando em caças nas Operações Iraqi Freedom e Enduring Freedom.

Rumo à Marte

A viagem a Marte será árdua. O planeta fica a 50 milhões de km de distância, e o trajeto para chegar lá levará de seis a nove meses. Uma missão de ida e volta levaria de dois a três anos. As condições são duras, com tempestades de poeira de meses de duração e temperaturas que deixam o inverno mais frio no chinelo, chegando a -175ºC.

Mas os astronautas já estão adquirindo as habilidades necessárias para o passeio.

Durante os seus dois anos de treinamento de astronautas, as mulheres pilotaram jatos supersônicos T-38 (capazes de percorrer 20 milhas por hora), experimentaram gravidade zero  no "Cometa do vômito" e colocaram trajes espaciais de 181 Kg para executar tarefas com menos  na piscina do Laboratório de Flutuação Neutra de 12 metros de profundidade, completo com um submarino mock-up da Estação Espacial Internacional.


McClain compara vestir o terno espacial como pilotar uma aeronave.

"É uma peça com equipamentos extremamente técnicos", disse ela . "Você tem que saber todos os detalhes sobre o terno; você tem que conhecer os procedimentos de emergência; você tem que conhecer os diferentes sistemas; você tem que aprender um pouco as diferentes maneiras de adaptar os movimentos do corpo para realizar a missão."

As astronautas vão continuar a treinar à medida que progredirem através do plano de missão de três camadas partes: Exploração Terrestre Dependente, que centra-se na investigação a bordo da Estação Espacial Internacional. Teste de Terreno, onde a NASA irá realiza operações complexas em um ambiente espacial profundo - mas não tanto. Terra Independente, que incluem missões humanas no espaço profundo, e, eventualmente, no próprio Marte.

Ao longo do caminho, a NASA vai continuar a recolher dados sobre o quais efeitos fisiológicos a viagem espacial tem sobre o corpo humano, bem como as diferenças na forma como homens e mulheres respondem ao espaço.

Já treinadas nessas desafios extremos aqui na Terra, Mann, McClain, Koch e Meir estão prontas para enfrentar nossa próxima fronteira.

Créditos: IQ Intel
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Eles são popularmente conhecidos como os “faróis” do Universo – estrelas de nêutrons em rotação que emite um feixe focalizado de radiação eletromagnética que é visível somente se você estiver próximo de sua trajetória. Conhecido como pulsares, estas relíquias estelares recebem esse nome devido à forma como as suas emissões parecem ‘pulsar’ rumo ao espaço.

Muito longe de serem apenas antigos corpos estelares – muito fascinantes e fantásticos em se observar - os pulsares são objetos muitos úteis para os astrônomos.

Descrição

Os pulsares são um tipo de estrelas de nêutrons; os restos mortais de uma estrela massiva. O que diferencia os pulsares além de serem estrelas de nêutrons é que eles são extremamente magnetizados, girando sobre si mesmos à velocidades colossais. Os astrônomos detectaram-nos pelos regulares pulsos de rádio que eles emitem conforme giram.

Formação

A formação de um pulsar é muito semelhante à criação de uma estrela de nêutrons. Quando uma estrela 4 à 8 vezes mais pesada que o Sol morre, ela detona-se em uma supernova. As camadas exteriores da estrela dissipam-se espaço afora enquanto seu núcleo interno se contrai ao máximo com a força da gravidade. A pressão é tão forte que os laços que mantêm os átomos naturalmente separados se quebram.

Elétrons e prótons são esmagados juntos pela gravidade para formar nêutrons. A força gravitacional sobre a superfície de uma estrela de nêutrons é de cerca de 2 x 1011 superior à da Terra. Assim, as estrelas mais massivas detonam em supernovas, podendo inclusive colapsarem, tornando-se buracos negros. Se elas são menos massivas, como o nosso Sol, elas detonam suas camadas exteriores e então, lentamente, arrefecem-se como anãs brancas.

Mas para estrelas entre 1,4 e 3,2 vezes a massa do Sol, elas ainda podem se tornar supernovas, mas não possuem massa suficiente para fazer um buraco negro. Esses objetos de massa média podem acabar como estrelas de nêutrons, e algumas delas podem se tornar pulsares ou magnetares. Quando essas estrelas colapsam, mantêm seus momentos angulares.

Mas se possuírem um tamanho reduzido, sua velocidade de rotação aumenta dramaticamente, girando muitas, muitas vezes por segundo. Este pequeno objeto, superdenso, emite uma poderosa explosão de radiação ao longo das linhas de seu campo magnético, embora este feixe de radiação não necessariamente se alinhe com seu eixo de rotação. Assim, os pulsares são simples estrelas de nêutrons menores que giram extremamente rápido.

Se um astrônomo detecta um intenso feixe de emissões de rádios, que ‘bipa’ várias vezes por segundo, tal como um farol, este é um pulsar.

História

O primeiro pulsar foi descoberto em 1967 por Jocelyn Bell Burnell e Antony Hewis, astrofísicos britânicos que levaram o prêmio Nobel pelo feito. A descoberta surpreendeu a comunidade científica da época, principalmente pelo exótico conceito do objeto celeste encontrado. Eles detectaram uma emissão de rádio misteriosa vinda de um ponto fixo no céu que atingia um pico a cada 1,33 segundos. Essas emissões eram tão regulares que alguns astrônomos pensavam que podia tratar-se de uma evidência de uma possível comunicação sendo feita por uma civilização inteligente.


Embora certos de que o objeto advinha de origem natural, eles o batizaram de LGM-1 (Little Green Men), ou “homenzinhos verdes”, tirando sarro das suposições ufológicas da comunidade naquele momento. Descobertas posteriores ajudaram os astrônomos a compreenderem melhor a verdadeira natureza desses estranhos objetos.

Eles acreditavam que os pulsares possuíam uma rápida velocidade de rotação, fato comprovado com a descoberta de um pulsar de período ultracurto (33 milissegundos) na Nebulosa do Caranguejo. De lá pra cá, quase 2000 desses objetos já foram encontrados (fala-se em milhões deles) e o mais rápido descoberto emite 716 pulsos por segundo.

Mais tarde, pulsares foram encontrados em sistemas binários, o que ajudou os cientistas a colocar à prova a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, testando alguns de seus postulados com sucesso. Em 1982, um pulsar foi encontrado com um período de rotação de apenas 1,6 microssegundos! Na verdade, os primeiros exoplanetas descobertos orbitavam um pulsar – claro, não seria um lugar muito habitável...

Fatos Interessantes

Quando um pulsar toma forma, ele possui muita energia e uma velocidade de rotação rápida. Como ele libera energia eletromagnética através de seus pulsos, gradualmente desacelera. Dentro de 10 à 100 milhões de anos, ele diminui a tal ponto que seus pulsos essencialmente se desligam e o pulsar torna-se tranquilo, estável.

Quando ativos, eles giram com uma regularidade incrível, de tal modo que são utilizados como verdadeiros temporizadores cósmicos pelos astrônomos. De fato, diz-se que certos tipos de pulsares rivalizam com os relógios atômicos sobre quem possui a precisão mais acurada no manter do tempo.


Impressão artística dos planetas que orbitam PSR B1257+12. Crédito: NASA / JPL

Pulsares também nos ajudaram a procurar pelas ondas gravitacionais, sondar o meio interestelar e até mesmo encontrar exoplanetas em órbita.

Fora proposto que uma nave poderia usá-los como ‘faróis de navegação’ para ajudar-nos a navegar pelo Sistema Solar. Na sonda espacial Voyager, da NASA, há mapas que mostram a direção do Sol orientado por 14 pulsares em nossa região. Se os alienígenas que encontrarem nossa sonda quiserem nos fazer uma visita no futuro, de fato, não poderiam pedir por um mapa mais preciso.

* Parceria com o portal Acervo Ciência.
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